Pesquisar este blog

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Hellish War mantendo a fé no tradicional

(Divulgação)

Novo álbum está planejado para 2.018



Campinas, interior de São Paulo, é uma cidade com um milhão de habitantes. Além de toda a sua importância economicamente falando, podemos destacar essa metrópole igualmente pela forte presença em se tratando de rock. Bandas e grandes shows - Quiet Riot em meados dos anos 1.990 incluído. Ou pelo menos era.

E dentre as formações campineiras é impossível não lembrarmos do grupo de heavy metal tradicional Hellish War, formado no longínquo 1.995. A discografia começa com Defender of metal (2.001), passando por Heroes of tomorrow (2.008), Live in Germany (2.010) e culmina com o último registro Keep it hellish, editado em 2.013.

"Campinas teve uma cena muito forte nos anos 90 e acredito que até 2008 mais ou menos, ainda éramos relevantes", comenta o baixista JR sobre a realidade atual da cidade em entrevista exclusiva ao SP&BC. Para ele o problema é aquele conhecido por todos, os covers. "A não ser que sejam bandas que atraiam as mulheres, daí sempre terá casa cheia (risos). Campinas não tem uma cena nos dias atuais. Não está se renovando, são sempre as mesmas pessoas nos mesmos lugares", define.

No momento, o quinteto - completam o time, ao lado de JR, Vulcano, Daniel Job (ambos nas guitarras), Daniel Person (bateria) e Bil Martins (vocalista) - pode até parecer sumido, entretanto está prestes a relançar o debut com um bônus interessante, que é a regravação da faixa-título por Martins, que fez sua estreia no mais recente CD.

"A filha do Person nasceu na semana passada com muita saúde(N. do R.: entrevista realizada dia 10/11), cita o baixista um outro motivo. "Estamos deixando que ele curta e aproveite este momento tão importante na vida de sua família. Mas o Vulcano fez a tour com Tim Owens recentemente e estamos preparando algumas coisas nos bastidores, então de certa forma não estamos totalmente parados".

Não estão parados também porque já planejam compor e gravar um novo álbum de inéditas no próximo ano. "A tendência é manter o bom e velho metal tradicional", adianta JR para  depois despistar dizendo que "nunca se sabe".

JR: "Cerveja é o néctar dos deuses"
Aliás, sobre essas apresentações ao lado do ex-vocal do Judas Priest, entre outros, Vulcano mesmo contou como foi: "Fiz 16 shows este ano com o Ripper. Foi uma experiência incrível! Sempre apareciam alguns fãs do Hellish War nos shows e eles me pediam que nós tocássemos em suas cidades. Isso me deixa muito contente, porque dá perceber a extensão de onde nosso som chega, já que em alguns locais nós nunca tocamos. Tanto no Brasil como nos países da América Latina. É gratificante perceber a relevância que temos no metal nacional".

Esse giro pelo país passou por Pomerode (SC) pela segunda vez, já que em 2.016 Vulcano também tocou com Ripper na cidade vizinha - só para lembrar, Timbó é a sede do SP&BC. Apesar disso, o HW nunca tocou no estado.

Depois de mais de 20 anos de estrada, JR concorda que a cena de um modo geral mudou muito, afinal eles ainda presenciaram "um pouco do lance de ter uma gravadora olhando pela gente, investindo em divulgação, gravação, etc". No entanto, não acredita que "as pessoas perderam o interesse", mas sim que hoje a oferta é "maior do que a demanda".

Para um grupo tupiniquim que não só excursionou pelo exterior, como gravou um play ao vivo na gringolândia, como enxerga a diferença entre os fãs daqui do Brasil e do exterior? Para JR, os públicos são parecidos, porém "a diferença é a estrutura incorporada a um evento underground", em que qualidade é o que importa. Outro ponto é a mentalidade do europeu que é diferente, pois há apresentações em uma "segunda-feira com casa lotada", por exemplo.

Outra característica do HW é ser uma banda estabilizada. Person e JR não gravaram Defender... mas já estão na line-up há anos, sendo que o primeiro entrou na turnê de divulgação do mesmo álbum. Enquanto que Martins, residente em Santos (SP), entrou em 2.012.

"Sempre nos demos muito bem", explica o baixista dizendo que a receita do sucesso nesse sentido é saber respeitar o espaço do outro. E o fato de um integrante morar em outra cidade não atrapalha. "Apesar da distância, sempre estamos em contato".

Contudo, ainda não é possível viver somente do Hellish War. "O que conseguimos é fazer com que a banda se mantenha por ela mesma, mas individualmente cada um tem sua profissão e fonte de renda".

Vamos provar uma?


Antes de abrirmos aquela breja, JR agradece aos fãs e deixa um pedido a quem ainda não os conhecem: "Espero que nos deem uma chance e ouçam nosso som. Metal Still Burns!".

Bem, mas primeiramente precisamos perguntar se gostam da bebida mais amada pelos roqueiros. "Sim, adoro", exclama JR. "Cerveja é o néctar dos deuses (risos)". Sobre estilos, ele diz que curte "bastante Weiss. Aliás, este estilo é uma unanimidade entre nós do Hellish War".

Dessa maneira, então fica fácil imaginar qual seria o estilo de um futuro rótulo do HW, caso aconteça. "Já imaginamos", entrega. "Com certeza seria uma Weizen Bier!"

Nenhum comentário:

Postar um comentário