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domingo, 21 de julho de 2019

A velha boa forma intacta do Whitesnake



Koyt


Não tem jeito, provavelmente a melhor cerveja para acompanhar o bom e velho hard rock é uma que refresca, afinal, quando o disco é bom é tanto agito que mesmo com o frio, como agora, dá um calor... Para quem não conhece, esse estilo nasceu na Holanda no século XIV, é leve, alto amargor e relativamente baixo percentual de álcool, pouco mais de 5%, além de agradar em cheio quem gosta de uma Weiss, devido às suas doses de trigo.

Ok, já entreguei que gostei de Flesh & blood, novo do Whitesnake - lógico, caso contrário não estaria no SP&BC. Curioso foi ver na época do lançamento, em maio, algumas pessoas não curtirem que a banda continua, mais especificamente seu vocalista e líder, David Coverdale, com quase 70 anos, abordando os temas em que "ficam correndo atras das garotas".

Oras, em qual disco do sexteto o tema não foi recorrente? Qual outro nome do rock insere tantas vezes a palavra "love" em suas letras e títulos quanto os britânicos? Eu, pelo menos, não consigo me lembrar de outro. Sendo assim, já imaginou Coverdale e seus comparsas "vomitando" textos sobre o aquecimento global? Não dá, não é?

Shut up & kiss me, com seu excelente clipe que vai na vibe do citado no parágrafo anterior e primeiro single, Trouble is your middle name, Gonna be alright, enfim, melhor deixar qualquer faixa do álbum rolar no talo - cuidado com os vizinhos. Apesar de não trazer nada de novo - Whitesnake precisa disso? - é um dos melhores do ano!


Slip of the tongue

Sim, a Cobra Branca entrou no túnel do SP&BC com seu álbuns lançados há 10, 20, 30, 40 anos. Acabamos de falar do mais recente trabalho dos caras e agora vamos revisitar o LP editado em novembro de 1.989, Slip of the Tongue, o oitavo de estúdio.

É aquele que tem em suas fileiras o guitarrista Steve Vai. Só por isso já é um capítulo a parte na história do Whitesnake. Adrian Vandenberg, na outra guitarra, Rudy Sarzo, baixo, Tommy Aldridge, bateria, e Don Airey, teclado, completam a formação estrelada.

Não é um dos meu favoritos, mas é inegável sua qualidade através de sucessos como Now you're gone e a regravação de Fool for your loving. Até mesmo Coverdale o considera um dos mais fracos de sua discografia.

De qualquer modo, vale a conferida para quem não conhece e deixa rolar que é rock dos bons!


Love Hunter

Este sim é um dos meus favoritos! Tanto que nos meus tempos de Rock Hard/Valhalla fiz uma resenha para a "Classics", que você deve imaginar do que se trata. E o que segue é exatamente o que saiu na edição #41 (capa do Venom). Acabou a cerveja? Abra outra e divirta-se:

Sabe quando bate aquela vontade de fazer uma coisa de qualquer forma? Então, é mais ou menos assim que rola algumas resenhas para a “Classics”. Dessa vez, me deu uma vontade enorme de ir até os meus LPs, que não estão empoeirados, e vasculhar. Assim que vi Love Hunter não tive dúvidas, afinal esta maravilhosa capa ficou na minha cabeça por muito tempo a fim de comprar uma camiseta com esta ilustração. Fiquei alguns minutos apreciando-a e pensando naquela diminuição para o CD, o que empobrece os trabalhos nesse sentido. Colocando a agulha para funcionar foi inevitável começar a cantar juntamente com David Coverdale a primeira faixa da bolacha: Long Way From Home. Calma aí, este disco não é do meu tempo, não, pois saiu em outubro de 1979 e eu sou bem mais novo que isso! Em todo caso, com um pouco de interesse pelo assunto, posso passar a vocês que o líder da banda havia lançado dois discos solos, Whitesnake (77) e Nortwinds (78), após a dissolução momentânea do Deep Purple, sendo que o último já contava com Micky Moody e Bernie Marsden (ex-Paice, Ashton & Lord) nas guitarras e Neil Murray no baixo, que mais tarde viria a integrar o Black Sabbath, entre outros. O debut, Trouble (78) – antes saiu o EP Snakebite – já trazia ao time outro ex-Purple, Jon Lord (k). Completa a formação o baterista David “Duck” Dowle. Um pouco de história passada a limpo, hora de conferirmos outras pérolas do rock’n’roll aqui contidas. Nesta época, o Whitesnake fazia uma espécie de hard blues bem rock’n’roll, ou simplesmente, rock. Ops, hora de virar o vinil... Nossa, e eu nem comentei sobre as outras do lado “A”: o hit Walking In The Shadow Of The Blues, Help Me Thro’ The Day, Medicine Man e You’N’Me. Ok, vamos então ao lado “B” que está totalmente no talo do meu antigo 3x1. Mean Business arregaça. A faixa-título é outra marcante principalmente por conta do slide de Moody e o suspiro/gemido característico do vocalista e ainda temos Outlaw, Rock’N’Roll Women e We Wish You Well. Ah, sim, a produção foi de Martin Bich (Black Sabbath, Deep Purple, Iron Maiden). Há quem diga que fase clássica dos ingleses começou com o trabalho seguinte Ready An’ Willing (80), mas Love Hunter é digno de todos os méritos e como diria meu amigo Marcio Baraldi: “É du carvalho!”