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quarta-feira, 13 de outubro de 2021

10, 20, 30... Sepultura do Brasil para o mundo


Andreas Kisser (g) em ação em Indaial (SC)

German Ale

Pode parecer preguiçoso ao falar de Sepultura escolher uma cerveja cujo estilo a banda já lançou sob seu nome, mas, na verdade, o blog só está corroborando com a escolha. Bom salientar que o grupo oriundo de Minas Gerais também possui outros estilos de brejas lançados com sua marca, mas a família Ale, na modesta opinião do SP&BC, é a que mais combina com o som.

Tentativas em outros estilos aconteceram, mas o German Ale venceu. Assim como o quarteto de thrash metal que se estabeleceu como um dos maiores nomes do metal mundial. E o melhor disso tudo, por ser um grupo brasileiro, os caras tocam em "n" países assim como tocam em sua cidade.

Posto isso, nada mais justo de a primeira banda tupiniquim a participar do nosso 10, 20, 30... seja o Sepultura. Poucas são as que conseguem, em nossos critérios, lançar um álbum com esse respectivo intervalo de tempo e em todas as décadas, o que nos permite constatar sua evolução e como ela se deu. Além do que cada um contou com diferentes formações.

Neste caso, temos discos editados em 1.991 (Arise), 2.001 (Nations), 2.011 (Kairos) e neste 2.021 o novo SepulQuarta. E SP&BC já comentou sobre o quarteto em outras oportunidades como em um show aqui perto, em Indaial, no River Rock (foto), e a resenha de um álbum, no caso, Mechine Messiah.Ah, e teve, também, uma citação em uma entrevista com a empresa que produz as cervejas do Sepultura.

 

Arise (1.991)

Esse recorte do grupo nos mostra uma veia muito interessante dessa discografia: a de não se repetirem. Arise é um quase ápice daquele thrashão iniciado em Schizophrenia (1.987), alcançado em Chaos A.D. (1.993) e marcado definitivamente na história da música pesada em Roots (1.996), o último com a formação clássica.

Na época do lançamento, o responsável por este blog era um recém-chegado à adolescência que já curtia Sepultura há tempos e, portanto, procurou, e muito, pelo álbum que ainda nem estava pronto, mas foi lançado com outras capa e mixagem, sem o cover de Orgamastron (Motorhead) para aproveitar a onda do Rock in Rio II. Hoje é relíquia e aquele garoto, claro, não conseguiu a sua cópia.

Todas as faixas são ótimas, mas Dead embryonic cells salta aos olhos. Uma obra incontestável de uma época que só quem viveu possui histórias incríveis para contar. Inclusive o Rock in Rio, que também estará no próximo capítulo.


Nations (2.001)

Rock in Rio. Falam tanto desse festival que parece ser o único em nosso país. É o que tem nossa assinatura pelo mundo, ok, mas por nossas terras tivemos inúmeros eventos igualmente importantes como Hollywood Rock, Monsters of Rock, Skol Rock, M2000 e por aí vai. De todo modo, o Rock in Rio continua no assunto porque além de a banda tocar em praticamente todas as edições desde 1.991, foi na de 2.001 em que SP&BC esteve presente.

E foi nesta em que foram apresentadas duas das músicas que estariam no então novo álbum Nation, editado meses depois. O show, sem comentários, claro. Mas o assunto aqui é o CD, e um bom CD! Não é nada que mude a cotação do dólar, mas é um trabalho conceitual, algo que se repetiu outras vezes, que trata da criação de uma nação, a Sepulnation, com hino e tudo. Ele veio após o necessário Against (1.998) mostrando o caminho a seguir com Derrick Green nos vocais.


Kairos (2.011)

Em relação a década anterior, outro membro diferente. Se bem que já é o último com Jean Dolabella na bateria. O que agrada neste álbum é o som. Claro que é o metal de sempre, mas aqui parece tão polido quanto sujo. Talvez pela produção de Roy Z (Bruce Dickinson).

Naturalmente as 15 faixas, incluindo o cover para Just one fix, do Ministry, formam um bom disco. De novo, não é o melhor, não marcou época, porém cumpre o seu papel de agradar aos fãs de metal em geral e evidenciar que o quarteto segue firme e forte na estrada com lenha para queimar por muitos anos ainda.

 

SepulQuarta (2.021)

Em 2.020, a banda soltou Quadra, um trabalho excelente! Porém, pouco depois veio a pandemia do novo coronavírus e nada de turnê. Sem divulgação do trabalho como se costuma fazer, o jeito foi se aventurar, como praticamente todos os artistas, pela internet. O Sepultura, então, criou a SepulQuarta, lives semanais em que recebiam convidados para altos papos, jams e o que rolasse.

Nessa vibe, surgiram 28 versões. Dessas, 15 foram escolhidas para entrarem no novo projeto homônimo. E entre as faixas, temos tanto músicas pouco executadas em shows, como Apes of God e Slaves of pain, por exemplo, como a clássica Territory e o maior destaque para Inner self.

SepulQuarta se tornou uma coletânea luxuosa e um novo produto ao mesmo tempo. Track list com novas versões, participação de outros músicos, ou seja, algo que só quem tem história pode proporcionar. Ah, para fechar, a superclássica Orgasmatron com a participação de Phil Campell, guitarrista do Motorhead.