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terça-feira, 1 de novembro de 2022

Uma noite Nervosa em pleno Halloween


Nervosa

Amber Lager

O dia de Halloween era somente na segunda-feira, 31 de outubro, mas devido ao final de semana, as comemorações no Brasil, muito embora não seja nada tupiniquim, se deram no sábado. Só que na catarinense Pomerode, pelo menos na Wox, o que rolou no dia 29 foi uma verdadeira festa do heavy metal em prol da campanha do Outubro Rosa com o Armaggeddon Warm Up, festival que funcionou como uma espécie de aquecimento para o principal, Armaggeddon Metal Fest, marcado para o primeiro semestre do ano que vem.

Para curtir os shows, uma Amber Lager. Pois ela é forte e suave ao mesmo tempo. Como o nome diz, é uma larger, então possui uma alta drinkability. O aroma moderado pode lembrar o caramelo, dependendo da receita. E como ficar parado em meio a músicas desse nível não é uma opção, o corpo precisa de hidratação. Como estava dirigindo, não ia beber, a menos que a casa oferecesse alguma sem álcool, mas tanto para escrever este como editar o vídeo para o YouTube foi inevitável a sua apreciação.

Buzzard
O evento contou com seis bandas: o duo Buzzard, que tocou do lado de fora nos intervalos entre os shows no palco de dentro, Manger Cadavre?, Hatefulmurder, Torture Squad, Nervosa e Pain of Soul. Já, de acordo com minha consciência, devo pedir desculpas às bandas que não assisti e, naturalmente, não serão resenhadas nas mídias do SP&BC. Primeiro porque agora sou pai de família, pai de criança pequena, então às vezes fica difícil sair em alguns horários. E, em outros momentos, o corpo já não tem aquele vigor de 20 anos atrás - meu filho, ainda por cima, é hiperativo.Saí de Blumenau faltando 15 minutos para as 21 horas. Já sabia que havia perdido uma banda e chegaria no meio do Torture Squad. Ok, o jeito é aceitar, sem crise. Não deu outra, cheguei bem na metade da apresentação. Havia visto o quarteto pela primeira vez, e única até então, nos idos de 2.004, em Estiva Gerbi (SP) e, logo, estava bem curioso para ver esse set. Aliás, os paulistas prometem um disco ao vivo ainda para este ano.

Restando apenas dois integrantes daquela formação, o batera Amilcar Christófaro e o baixista Castor, posso afirmar que, realmente, foi uma grata surpresa. Não tenho os acompanhado, até porque não é dos meus estilos favoritos, mas, sem dúvida, fiquei muito mais impressionado dessa vez do que a primeira!

Torture Squad

Conforme informado acima, o fest abraçou a ideia do Outubro Rosa, campanha de conscientização que visa alertar as mulheres para a necessidade da prevenção e diagnóstico do câncer de mama e de colo do útero. Assim, o cast foi formado por bandas que contavam em seu line-up com integrantes mulheres. A vocalista Mayara Puertas, em um dado momento, falou sobre a campanha e onde as pessoas poderiam procurar apoio na cidade do Vale do Itajaí, que é a Rede Feminina de Combate ao Câncer de Pomerode. Que mais eventos tenham essa conscientização!

Com o final do show, as atenções começaram a se voltar para a atração principal: Nervosa. E já na montagem do palco foi possível perceber todo o cuidado com cada detalhe que Prika Amaral & companhia mantém sobre o mesmo. Já nesse ponto entraram com o jogo ganho. Como é de praxe, ocorreram os famigerados atrasos, fato sentido no set list, com músicas limadas do repertório.

Assim, como no caso no Torture Squad, a Nervosa não pratica um estilo, thrash/death metal, no qual vivo ouvindo, contudo, há tempos estava curioso para conferi-las ao vivo. E não me decepcionei! Desde de 2.020 com algumas mudanças na formação, o, agora, quarteto se mostrou muito coeso e capaz de elevar ainda mais o nome do grupo dentro da cena. Mesmo as mais novas integrantes, as protagonistas da cozinha, a baixista grega Helena Kotina, e a baterista argentina Nanu Villalba, parece que tocam com as colegas há uma década. Já a cantora Diva Satanica mantém o público sob controle. Uma excelente frontwoman!

Nervosa
A turnê mundial divulga o mais recente álbum, Perpetual chaos, editado em 2.021, e muitas músicas do play foram executadas, entretanto, o material antigo não foi esquecido, o que deixou os fãs satisfeitos. Tanto que a certa altura da apresentação, veio da plateia um "parabéns, Prika", por conta do aniversário da guitarrista naquele dia. O encerramento da apresentação não teve bis, deixando um gostinho de quero mais.

Já passava da meia noite e continuava a montagem do palco para o Pain of Soul, mas aí já não podia ficar mais. Uma pena. Valeu pela noite, embora, infelizmente, não tenha conseguido acompanhar a maioria das bandas. Hora de parabenizar a organização do evento e a casa pelos serviços prestados. Os headbangers da região agradecem!

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