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domingo, 26 de novembro de 2023

Def Leppard e Alice Cooper, clássicos acima de tudo

 

American Ipa

Terceira parte do projeto que disponibiliza meu trabalho junto à revista Valhalla (2003-2008). Ainda na #21, a de estreia, e uma das que eu assinei mais textos. É a última dessa edição com resenhas, nas próximas teremos uma entrevista e uma Bio.

Escolhi para saborear uma American Ipa, uma breja que, por ser uma receita estadunidense ela acaba casando com os estilos das bandas aqui. Ah, mas o Def Leppard é inglês. Sim, mas o som é bem visando o mercado da terra do Tio Sam, não?

E, falando na bebida mais amada dos brasileiros, dá uma olhada aqui na Amazon um especial com cerveja artesanal que separei para você! Boa Leitura!

DEF LEPPARD

On Through The Night

(1980)

Apesar do primeiro single deste trabalho de estreia do Def Leppard se intitular “Hello America”, podemos incluí-lo entre os melhores disco da NWOBHM. Uma boa justificativa para sua aparição nesta seção é a expressiva marca de um milhão de cópias vendidas em todo o mundo na época. Os músicos renegam até hoje o rótulo de Nova Onda do Metal Britânico e, de fato, após o segundo LP, o quinteto foi “modernizando” seu som até se tornar uma banda de Hard Rock, o que não é demérito nenhum, pelo contrário, a partir do terceiro disco, Pyromania – ou pop, como queiram atualmente, como em X, o mais recente CD. Porém, é impossível negar o peso que contém On Through The Night, além das belas canções, como a citada no início, “Wasted”, “I Don’t Matter” e outras. Talvez um dos responsáveis por essa sonoridade seja o produtor Tom Allom, que já trabalhou com o Judas Priest. A formação contava com uma dupla de guitarristas diferente da atual: o finado Steve Clark e o posteriormente despedido, em 1982, Pete Willis. Completando o time que gravou esta pérola Rick Allen (D), Joe Elliott, como diz no encarte, “Throat” (Garganta) e Rick Savage (B). Para quem está duvidando basta conferir. (VA)

 

ALICE COOPER

Killer

(1971)

Este, lançado em novembro de 1970, é o quarto álbum do Alice Cooper Group, a primeira fase do cantor norte-americano de mesmo nome – já que a partir em 1974, pouco depois dos shows no Brasil, a banda de formação estabilizada, com Glen Buxton (G), Michael Bruce (G/K), Dennis Dunaway (B) e Neal Smith (D), acabou e Cooper seguiu uma carreira solo. Killer é tido por muitos como o seu melhor trabalho. Afinal, é dele “Under My Wheels”, que possivelmente só perde em popularidade para “I’m Eighteen”, do Love It To Death (71), “Desesperado”, dedicada a Jim Morrison (The Doors) e “Dead Babies”, os maiores hits do play, isso sem falar no restante da bolacha que não deixa nada a desejar, em faixas como “You Drive Me Nervous” e “Yeah, Yeah, Yeah”! Não deu outra, disco de ouro na cabeça! Na capa, a já famosa jibóia Kachina, presença constante nos shows do conjunto. A produção foi assinada pelo competente Bob Ezrin (Kiss). Claro que após a separação, Alice Cooper variou bem seu Hard Rock ficando cada vez mais pesado a partir do fim dos anos 80, mas a influência por ele exercida na música pesada desde esses tempos é enorme, tanto musical quanto visualmente, basta conferir nomes como Kiss e Twisted Sister. Um verdadeiro mestre! (VA)

 

KINGDOM COME

Independent

Hellion – nac.

6.5

O Kingdom Come é uma figurinha carimbada dentro da cena Hard Rock, tanto que nos seus bons tempos, no fim dos anos 80, foram comparados ao Led Zeppelin. Inativos desde o início desta década, agora ressurgem com este Independent. Eles ou o faz-tudo Lenny Wolf? Sim, Wolf escreveu, tocou, cantou, produziu e mixou o álbum. Isso talvez explique o título do play. Apenas Martin Langer foi contratado para a bateria/samplers. Sabiamente “I Can Feel It” abre o CD, pois é a melhor faixa, o que não quer dizer muita coisa. O que se segue é uma música mais cadenciada, triste, “down” mesmo e com influências de eletrônica. “Mother” é uma balada acústica muito chata! No restante alguns momentos interessantes, mas não chegam a empolgar. Chama a atenção que um alemão cante “America – inside my heart/Things song's for you – with my love”, no refrão de “America”. Muito curioso! Resumindo: esperava mais. (VA)

 

LABRYRINTH

Labryrinth

Century Media – nac.

8.5

Após três anos um pouco distante devido a problemas com a antiga gravadora e a saída do guitarrista Olaf Thorsen para se dedicar integralmente ao Vision Divine, os italianos do Labyrinth atacam com este álbum auto-intitulado. E o resultado é muito bom! Há, inclusive, músicas que buscam outros rumos no som da banda, embora não tão diferentes assim, como “Livin’ In A Maze” e “Just Soldier (Stay Down)”, bem rápidas, e “This World”. “When I Will Fly Far”, que é uma balada, quando a ouvi pela primeira vez me fez conferir se o CD-player não havia trocado de disco, pois seu início não se assemelha em nada com as outras nove composições. Porém, fique sossegado porque o Power Metal praticado pelo grupo está ali, intacto. “Slave To The Night” e “Synthetic Paradise” são outros destaques. “Neverending Rest” é uma outra balada que tirará lágrimas até do fã mais radical. Apreciadores do Labyrinth precisam tê-lo em suas respectivas discotecas. Demais admiradores de um bom Metal feito com bastante feeling e o trabalho de guitarra priorizado também irão gostar! (VA)

 

SONATA ARCTICA

Winterheart’s Guild

Universal – nac.

8.5

Se existe uma banda da nova safra do Metal Melódico que sabe explorar muito bem os gostos dos seus fãs e, ainda assim, arrumar mais alguns, essa banda é a finlandesa Sonata Arctica. Senão vejamos. Após o debut Eclipta (99) veio um mini-CD. Na cola do segundo trabalho, Silence (01), lançaram um ao vivo. Convenhamos, é um tempo relativamente curto para um ao vivo, concorda? Nossa sorte é que o grupo é muito bom e merece todo o sucesso que está tendo. Este Winterheart’s Guild mostra uma boa evolução em relação à estréia em todos os sentidos. Os clichês do estilo se encontram ao longo de seus 10 temas com uma diferença: as letras. Ou o prezado leitor conhece um outro conjunto do gênero que abusa de temas tristes? Sim, o The Dark Ride, do Helloween, era “dark” também, mas já não se pode dizer que se tratava de um álbum Melódico, certo? Não há música ruim no play e, de quebra, “Broken” talvez seja a melhor composição da carreira do quarteto. No que se refere a “performance” dos músicos, ninguém deixou a desejar. Como um atrativo a mais, Jens Johansson (K), do Stratovarius, participa de quatro faixas. (VA)

 

MERCURY TIDE

Why?

Century Media – nac.

7.5

Enfim chega à redação o primeiro trabalho do novo projeto do ex-vocalista, que aqui também toca guitarra, do saudoso Angel Dust, Dirk Thurisch. Porém, primeiramente devemos adotar um critério para analisar este álbum. E o escolhido foi: não compará-lo à sua banda anterior, afinal são outros músicos e outras idéias – embora embaladas em um mesmo Power Metal. Thurisch se cercou de bons profissionais e produziu um bom CD. Ok, algumas passagens lentas soam bem burocráticas e acabam por “quebrar” a intensidade da bolacha, ao invés de servirem como um momento de descanso ou simplesmente “enfeitar” a composição. Não que temas meio Psicodélicos, daquelas mais cadenciadas que crescem no “chorus”, não sejam boas, mas em Why? essa idéia não encaixou legal, talvez pelo excesso. Uma pena, pois há refrões que com certeza serão cantados a plenos pulmões nos shows. Confira “Souls Of The Ocean” e comprove. Destaques: “Back To Reality”, “Set Me Free” e a faixa-título, a melhor. (VA)

terça-feira, 21 de novembro de 2023

REVIVAL: Mais uma coletânea do Whitesnake


Session Ipa

Segunda parte do projeto que visa disponibilizar todos meus textos na Revista Valhalla aqui no SP&BC. Ainda na #22, mas com o reforço da #21 - o número da estreia - com resenhas em Collection e Review Geral. E também nesses dois números tem entrevista, Classics e uma Bio, que ainda não vou dar spoiler, mas...

Quem sabe no final do projeto, que vai levar um bom tempo ainda (risos), não veiculo trabalhos na Comando Rock e na Rock Brigade - o primeiro texto em revista de grande porte de circulação nacional. Enquanto preparo este, abri uma Session Ipa e coloquei esses sons para rodar e um filme passou na cabeça.

Por falar em dar o play, separei alguns álbuns do Whitesnake, basta clicar no link da Amazon. Para a Black Friday tem alguns em promoção, aproveite!


WHITESNAKE

Best Of…

EMI – Nac.

9.0

Coletânea para resenhar é um negócio complicado, pois geralmente o bicho acaba pegando na escolha das músicas. Pessoalmente, eu nunca deixaria de fora “Slow An’ Easy” ou “Love Hunter”. Porém, mesmo com essas faltas percebe-se que o bom gosto esteve presente neste trabalho, assim não há como não agitar em “Fool For Your Loving”, “Long Way From Home” e “Guilty Of Love”, além de coisas óbvias como “Love Ain’t No Stranger”. A nota só não é melhor porque deixaram a desejar no encarte, o que nos faz pensar que o disco é um verdadeiro caça-níquel para aproveitar a volta à ativa de Coverdale e seus contratados. Não há nenhuma foto e um texto bem simples apesar da capa bonita. Com o preço do CD onde está é de chorar ver um desprezo desses. Mas, enfim, voltando à parte boa, é interessante ouvir num mesmo produto os vários guitarristas que passaram pelo Whitesnake, entre outros grandes músicos, como Steve Vai, John Sykes, Bernie Marsden e Micky Moody, e uma pena sentida por Vivian Campbell não ter gravado nada em sua curta passagem pela banda. Caso você não queira adquirir vários álbuns pode conferir este. Caso você já tenha a outra compilação, Greatest Hits (94), não se preocupe, afinal uma completa a outra. Se bem que ainda falta muito tema bom, quem sabe no prometido álbum ao vivo extraído das atuais turnês. (VA)

VICTORY

Instinct

Century Media – Nac.

9.0

A onda de bandas ressurgirem das cinzas ainda não viu seu fim e agora é a vez da alemã Victory. E com a formação original! Nascido em 1984 e estreando com um LP autointitulado no ano seguinte, o grupo fez bastante sucesso na Europa e nos Estados Unidos encerrando as atividades na década seguinte. O festival Wacken (#21) marcou seu retorno aos palcos e este Instinct mostra a bela forma em que os músicos se encontram. Também de um time que conta com Fritz Randow (D, Saxon), Herman Frank (G, ex-Accept), Tommy Newton (G, ex-Fargo), Peter Knorn (B, ex-Fargo) e Charlie Huhn (V, Foghat) o que poderíamos esperar? O som é aquele misto de Hard Rock com Heavy tradicional que contagia desde a primeira nota. É difícil até destacarmos essa ou aquela faixa tal o nível das composições, mas em todo caso não deixe de conferir “Starman”, “Victorias Secrets” e “Songs Of Victory”. Ah, se todos os retornos fossem assim... (VA)

DREAM EVIL – Children Of The Night (Century Media – imp.) 9.0 – Single extraído do último álbum destes suecos, Evilized. E mais uma vez Frederik Nordström (G/produtor de Hammerfall, Arch Enemy e outros), Gun G (G, Firewind, Mystic Prophecy e Night Rage) & Cia. provam que não é à toa que o Dream Evil foi escolhido como banda revelação pelos leitores da Valhalla ano passado. Aqui temos a mais Scorpions do full lenght, por sinal é a que dá nome a este lançamento, “Dragonheart”, “Betrayed”, exclusivas desta bolachinha e “Evilized”, totalmente acústica e sem muita inspiração. No geral, é Hard/Heavy de primeira! (VA)

domingo, 12 de novembro de 2023

Projeto Valhalla - O renascimento da revista no Blog


 

LARGER

A ideia era antiga. Com o canal no Youtube e demais atividades o fato é que o blog acabou um pouco de lado e isso me incomodou um pouco. Não obstante, antes disso já pensa em, de alguma forma, disponibilizar o que produzi na época em que fui colaborador da Revista Valhalla.

E, enfim, comecei agora, na base do antes tardo do que mais tarde, utilizando este blog SPeBC. Então, durante um tempo, vou postando aqui esse período do qual me enche de orgulho, afinal, escrevi para uma revista que chegou às bancas de todo o Brasil e em Portugal falando do que mais amo na vida: rock.

Calma ae. Tem outras coisas que amo também, como a cerveja, os 50% do nome desta mídia. Assim, volta ao formato antigo, em que lá no início indico a breja que combina com os sons que são o assunto da referida pauta. 

E, para começar, vamos de Ed. #22 em que você vai ver algo até então inédito aqui: me ver falando mal de algum trabalho. Acontece. Mas, para compensar, compensei com link direto com álbuns de hard rock na AMAZON para você completar sua coleção.


RICHIE KOTZEN – Change (Frontiers Rec. – Imp.) 4.5 – A expectativa ao pegar este CD foi imensa, afinal não é qualquer um que substitui Paul Gilbert no Mr. Big e também assina súmula no Poison. E após a primeira ouvida já vai tudo por água abaixo, porque este Change é bem chatinho. Vai saber se o problema foi a necessidade de se mostrar um excelente guitarrista, o que não era necessário, ou outra coisa, o fato é que “Forever One” e “Get A Life” são as únicas interessantes (com uma certa boa vontade, diga-se) em um disco de 12 faixas. Há também uma versão acústica para “Shine” que Kotzen compôs nos tempos de Mr. Big. (VA)

THUNDER – Shooting At The Sun (Frontiers Rec. – Imp.) 6.0 – O Thunder conseguiu algumas proezas na carreira como tocar no Donington Monsters Of Rock’90 para 80 mil pessoas e abrir uma turnê para o Iron Maiden, em 1992 (sim, eram eles no Parque Antártica). Porém, você os conhece bem? Pois é, isso sintetiza tudo. De falta de oportunidade eles não podem reclamar. O pior é que até torcemos para engrenarem, mas... (VA)

DREAMTIDE – Dreams For The Daring (Frontiers Rec. – Imp.) 7.5 – Esta banda alemã, de Hannover, lançou-se no mundo do Hard Rock Melódico em 2001 com Here Comes The Flood. Logo, este Dreams For The Daring é o segundo trabalho. Bem, que o CD é legal não resta dúvida, cheio de riffs interessantes e melodias pegajosas, mas daí a dizer que vai figurar nas listas de melhores do ano já é outra coisa. Destaques: “Dream Real”, “Eden”, “Land Without Justice” e “Live And Let Live”. Não à toa, essas três últimas aparecem novamente em versões alternativas no final do disco. (VA)