Pesquisar este blog

terça-feira, 1 de maio de 2018

Higher: do jazz ao heavy metal

O heavy não seguirá se novas bandas não tiverem espaço

Banda paulista prepara o sucessor do debut com calma



O quinteto de heavy metal de Campinas, interior de São Paulo, Higher nasceu depois que os fundadores Cezar  Girardi, vocal, e Gustavo Scaranelo, guitarra, músicos profissionais e com experiência no jazz e na música instrumental, iniciaram a Second Heaven, em 1.995. A paixão da dupla pelo metal, naquela época, não foi suficiente para manter as atividades e após dois anos o projeto virou fumaça.

Passaram a se  dedicar aos estudos acadêmicos, o que os levou para outros estilos. Contudo, o heavy metal falou mais alto e os dois voltaram a trabalhar juntos em uma nova banda, Higher. Em 2.014 saiu a estreia homônima que foi muito bem recebida pelo mercado. Afinal, um disco que abre com uma faixa como Lie mostra que a formação não está para brincadeiras.

O blog SP&BC foi bater um papo com Gustavo Scarnelo para saber das novidades e a previsão do tão esperado novo álbum e conseguiu algumas revelações. Principalmente que o guitarrista é um bom conhecedor de cervejas. Veja o que ele sugere, nesta página, para harmonizar com algumas bandas.
Cezar Girardi e Gustavo Scaranelo são dois músicos profissionais bastante experientes e
respeitados no cenário da música brasileira, especialmente nos campos do jazz e da música
instrumental. Entretanto, nutrem outra característica em comum: a paixão pelo heavy metal.
Em 1995 fundaram a Second Heaven, banda que não deixou registros e foi desativada dois
anos depois. A dupla passou então a se dedicar aos estudos acadêmicos de música, o que
acabou por levá-los para outros segmentos onde fizeram carreira. Mas a paixão pelo metal
manteve-se pulsante durante todo esse tempo. Depois de uma conversa, decidiram reunir-se
para tocar e compor heavy metal novamente. O resultado? Uma nova banda: Higher!
A Higher traz enraizada algumas características singulares: é uma banda formada única e
exclusivamente pela paixão dos músicos pelo heavy metal, ou seja, o trabalho é livre de
qualquer pretensão comercial ou mercadológica que eventualmente pudesse interferir no
aspecto artístico; essa própria experiência em outros estilos naturalmente conferiu-lhes uma
musicalidade deveras original, repleta de identidade, como nunca se ouviu antes!
Cezar Girardi e Gustavo Scaranelo são dois músicos profissionais bastante experientes e
respeitados no cenário da música brasileira, especialmente nos campos do jazz e da música
instrumental. Entretanto, nutrem outra característica em comum: a paixão pelo heavy metal.
Em 1995 fundaram a Second Heaven, banda que não deixou registros e foi desativada dois
anos depois. A dupla passou então a se dedicar aos estudos acadêmicos de música, o que
acabou por levá-los para outros segmentos onde fizeram carreira. Mas a paixão pelo metal
manteve-se pulsante durante todo esse tempo. Depois de uma conversa, decidiram reunir-se
para tocar e compor heavy metal novamente. O resultado? Uma nova banda: Higher!
A Higher traz enraizada algumas características singulares: é uma banda formada única e
exclusivamente pela paixão dos músicos pelo heavy metal, ou seja, o trabalho é livre de
qualquer pretensão comercial ou mercadológica que eventualmente pudesse interferir no
aspecto artístico; essa própria experiência em outros estilos naturalmente conferiu-lhes uma
musicalidade deveras original, repleta de identidade, como nunca se ouviu antes!
Cezar Girardi e Gustavo Scaranelo são dois músicos profissionais bastante experientes e
respeitados no cenário da música brasileira, especialmente nos campos do jazz e da música
instrumental. Entretanto, nutrem outra característica em comum: a paixão pelo heavy metal.
Em 1995 fundaram a Second Heaven, banda que não deixou registros e foi desativada dois
anos depois. A dupla passou então a se dedicar aos estudos acadêmicos de música, o que
acabou por levá-los para outros segmentos onde fizeram carreira. Mas a paixão pelo metal
manteve-se pulsante durante todo esse tempo. Depois de uma conversa, decidiram reunir-se
para tocar e compor heavy metal novamente. O resultado? Uma nova banda: Higher!
A Higher traz enraizada algumas características singulares: é uma banda formada única e
exclusivamente pela paixão dos músicos pelo heavy metal, ou seja, o trabalho é livre de
qualquer pretensão comercial ou mercadológica que eventualmente pudesse interferir no
aspecto artístico; essa própria experiência em outros estilos naturalmente conferiu-lhes uma
musicalidade deveras original, repleta de identidade, como nunca se ouviu antes!


Por favor, Gustavo, pode nos apresentar o Higher, quando foi formado, membros e a troca de integrantes?
Gustavo Scaranelo – O Higher foi formado a partir do meu reencontro com o Cezar. Tivemos uma conversa sobre a possibilidade de registrar, através de gravações, o material que havia sido produzido num projeto que tivemos há mais de 20 anos. Quando iniciamos as gravações percebemos que havia algo novo ali e resolvemos rebatizar e reformular o trabalho todo. Novas composições surgiram para concluí-lo e assim nasceu o Higher. Após a pré-produção, chamamos o baterista Pedro Rezende e o baixista Andrés Zúñiga para gravar o disco. E, na sequência, o guitarrista Felipe Hervoso, para levarmos os resultados para os palcos. Algum tempo depois o baixista Will Costa veio substituir o Andrés e o Felipe foi substituído pelo Rodrigo Ribeiro. Foram bons momentos ao lado dos membros que iniciaram o projeto e temos tido bons momentos também ao lado dos novos integrantes.

O novo álbum já está pronto? Tem data de lançamento, título?
Gustavo - O álbum ainda não está pronto. Nunca tivemos muita pressa para compor. Selecionamos cuidadosamente o material que vai fazer parte do disco novo. Muita coisa é descartada. Acreditamos que o resultado precisa ser o melhor possível, não se volta atrás no lançamento de um disco, portanto não faremos sem o devido cuidado. O título já existe e divulgaremos em breve, mas ainda não temos data para lançamento.

Como foi a escolha do produtor Tiago Bianchi (Shaman, Noturnall) na estreia?
GustavoNa verdade o primeiro disco foi produzido por mim e teve a coprodução do Cezar, o Thiago entrou na fase das gravações, portanto foi quem mixou o trabalho. Ficamos satisfeitos com o resultado. O segundo disco será produzido, gravado e mixado por mim. Estou bastante ansioso com o início das gravações!

Cada vez mais menos pessoas ouvem CD

Qual a diferença entre esses dois trabalhos? Há mudança no direcionamento 
musical ou é o mesmo heavy metal do debut?
Gustavo – É difícil dizer quando se está tão perto assim da produção, acredito que existam algumas diferenças e já temos algumas opiniões de pessoas próximas, que ouviram algumas das novas composições, já arranjadas. Mas gostaria muito de ouvir a opinião dos fãs quando o trabalho estiver rodando por aí. Sempre me surpreendo positivamente com o que leio sobre o primeiro disco do Higher.

O primeiro disco foi muito elogiado. A recepção a ele foi a esperada tanto de crítica quanto de público?
Gustavo – Acredito que quando se lança um trabalho tão verdadeiro e honesto não se espera nada, somente a satisfação de tê-lo compartilhado. É claro que existe uma expectativa, mas nada foi feito em função dela. Tudo foi colocado e selecionado com a intenção de termos um disco que, nós mesmos, voltaríamos a ouvir várias vezes. A recepção da mídia e do público me deixou muito emocionado, desde os comentários estritamente musicais, até os relatos de como nossas letras influenciaram atitudes de nossos fãs! Essa é a melhor parte de tudo para mim!     
Qual a expectativa para esse novo lançamento, em quais formatos ele virá e qual o planejamento de divulgação?

Gustavo – Acredito que ainda não abriremos mão da distribuição física do disco, mas o que temos observado é que cada vez menos pessoas possuem meios para ouvir CD em casa ou no carro, o que nos fez pensar em disponibilizá-lo, em um primeiro momento, apenas na versão digital, mas nada está definido, estamos focados nas composições e por ora é o que precisamos fazer. A estratégia de divulgação está sendo discutida junto à nossa assessoria de imprensa, o Som do Darma, e logo teremos mais clareza dos meios que utilizaremos para isso.       

Pretendem lançar o CD no exterior?
Gustavo - Bom, certamente o disco estará disponível digitalmente para compra e streaming, isso acredito que basta para que a divulgação do trabalho atinja o cenário estrangeiro para termos o nosso disco ouvido e comentado em outros países. Quanto à distribuição física, isso depende de vários outros fatores, e ainda não temos essas respostas.

O processo de composição agora foi diferente, já que, teoricamente, tiveram menos tempo para preparar as músicas?
Gustavo - Na verdade não tivemos menos tempo, e estamos usando todo o tempo que precisarmos para concluir o trabalho com a mesma convicção que concluímos o primeiro álbum. O processo de composição continua o mesmo, as músicas nascem de canções e depois ganham toda a roupagem que precisam para ir para o disco. Nesse novo trabalho teve uma composição que nasceu como balada, mas se tornou uma das músicas mais pesadas do novo álbum depois que recebeu o arranjo (risos). As coisas se transformam quando colocamos nossas ideias para conversar.

Vai ser um lançamento independente?
Gustavo – Sim. Ainda não buscamos parcerias e não acredito que o faremos até o lançamento. Apesar de estarmos abertos às parcerias, não iremos despender o tempo destinado à composição e produção do trabalho com isso. Depois de pronto, tudo pode mudar.

Existe uma expectativa para que algumas faixas tenham uma maior aceitação?
Gustavo - Não. Não acredito que estejamos à busca de mais aceitação, queremos agradar quem estiver disposto a ouvir e se identificar com o nosso trabalho. Até porque a aceitação, até o momento, é maior do que imaginávamos, e isso é ótimo!

Trabalharam algum cover?
Gustavo - Não temos a intenção de gravar nenhum cover neste disco. Acredito que quando uma banda firma seu estilo e sua identidade então passa a existir algum sentido em fazer a releitura do trabalho de alguém através de um cover, mas não antes. Por ora, o Higher quer mostrar o seu trabalho, sua criação!

Vamos unir duas paixões dos roqueiros: música e cerveja. Vocês gostam de cerveja artesanal? Qual o estilo preferido?

Gustavo -  Gosto muito, mas não saberia dizer o estilo preferido, posso citar aqui duas das minhas favoritas: Tripel Karmeliet e Westmalle Dubbel.

É cedo ainda, mas já imaginou um rótulo de cerveja do Higher? Qual estilo seria?
Gustavo - Já sim! O meu irmão, também guitarrista, costuma fabricar algumas cervejas e eu sou fã dos resultados dele. Acredito que no futuro teremos alguma parceria para chegarmos em um consenso quanto ao estilo, mas eu diria que o Higher combina melhor com um estilo forte, amargor acentuado e encorpada.

Algum recado para os fãs?
Gustavo – Sim! Continuem a dar atenção ao metal autoral nacional! Muita coisa boa nasce desta terra e não podemos acreditar que o gênero irá seguir a diante se novas bandas não tiverem espaço. Obrigado pelo carinho e pela atenção com o nosso trabalho! Digo o mesmo à vocês da imprensa, sem os quais muitos dos nossos fãs ainda não teriam chego até nós.