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sábado, 2 de junho de 2018

O poder de fogo do Judas Priest



English Pale Ale


Demorou, mas enfim o SP&BC vai comentar sobre o mais novo trabalho da lenda do heavy metal mundial Judas Priest, o já saudado Firepower. Para compensar tanto atraso, vamos abordar, também, os discos lançados há 10, 30 e 40 anos do quinteto inglês.

E lá se vão quatro anos desde o, então, último CD, o estranho Redeemer of Souls. Sim, não consegui me empolgar com ele, tanto que não me lembro de nenhuma faixa. E não faço questão. Mas esse décimo oitavo álbum de estúdio do Priest é uma obra digna da boa discografia da banda, descontando as escorregadas.

Por isso a escolha para harmonizar com essa verdadeira pedrada é uma English Pale Ale, uma cerveja tradicional, com boa presença de malte, para um nome de igual envergadura. Pode até parecer uma escolha óbvia, mas acredito ser, realmente, a que melhor se encaixa.

Firepower contém 14 músicas distribuídas em quase uma hora daquele heavy metal que caracterizou os longos 44 anos de estrada do JP. E é justamente isso que cativou. Sem falar na capa, estranha, porém ao mesmo tempo interessante É fato que, atualmente, os fãs andam preguiçosos e esperam sempre mais do mesmo. Haja visto a renovação quase inexistente na cena mundial - assunto complexo, diga-se, mas basta ler as tantas entrevista no blog.

Contudo, o uma banda que beira as bodas de ouro pode proporcionar? Querer que lancem discos completamente diferentes, criando novas tendencias etc é uma utopia. Basta, dessa forma, que não cometam deslizes como alguns exemplos de anos anteriores. E olha que mesmo assim há gente que pisa na bola. Outo fator, convenhamos: não é mais tão vantajoso lançar álbuns hoje em dia.

Formação


Somente o vocalista Rob Halford e o baixista Ian Hill ainda estão desde a formação original, sendo que o primeiro passou doze anos longe do Judas Priest, ente 1.991 e 2.003. Gravaram o novo disco, ao lado dos citados, os guitarristas Glenn Tipton, que já deu lugar a Andy Snap - você já cansou de ler sobre isso, com certeza - e Richie Faulkner e o baterista Scott Travis. Não vai ser o melhor lançamento de 2.018, mas vale o investimento. Cheers!


Stained Class


O quarto álbum de estúdio dos ingleses ganhou a luz do dia em 10 de fevereiro de 1.978. Segundo a revista Rolling Stone é o 43º melhor álbum de metal de todos os tempos. Só isso. E, embora listas serem sempre controversas, não deve ficar longe disso, afinal falamos de um disco com faixas como Exciter, Better by you, better than me, a faixa-título e a balada Beyound the realms of death.

Um ótimo LP que ainda contava em sua formação com o baterista Lee Binks, além dos quatro, digamos, membros mais que clássicos (forcei?) Rob Halford, Ian Hill, e os guitarristas Glenn Tipton e K.K. Downing. Excelente! 

Claro que ainda há, em 1.978, o registro de Killing Machine apenas na Inglaterra, porém chegou nos Estados Unidos e outros países somente no ano seguinte e com outro título, Hell bent for leather, o blog achou melhor considerá-lo somente para 2.019. Questão de critérios.


Ram it down


Em 17 de maio de 1.988, O Judas lançava Ram it down, o décimo primeiro de estúdio do quinteto. Disco de ouro, o que significa 500 mil cópias vendidas. Resultou na turnê mais longa dos anos 1.980 com 102 shows.

O álbum precisava ser, de fato, matador, pois seu antecessor é o controverso pop Turbo, de dois antes. Igualmente significa o último do batera Dave Holland, que tempos depois se envolveu em problemas com a justiça.

É uma bolacha que devolveu a banda no caminho correto, ou seja, fazendo o que sabe melhor: heavy metal. Para conferir, caso ainda não conheça.


Nostradamus


As bandas, de um modo geral, precisam se reinventar, trazer novas propostas e não ficar sempre fazendo o mesmo disco. Ponto. Já está lá em cima. No entanto, alguns casos são perfeitamente perdoáveis, afinal, Ramones e Motorhead sempre fizeram o mesmo disco e não há reclamações. Gostaria de incluir, com sua permissão, nesse grupo o Judas Priest.

Todas as vezes que o Padre britânico tentou fazer algo "diferente" não conseguiu o mesmo êxito. E mesmo este Nostradamus, não sendo de todo modo ruim, ao mesmo tempo não podemos dizer que está entre os imperdíveis da discografia dos caras.

Trata-se de um álbum duplo, conceitual, que conta a história do vidente e alquimista francês Nostradamus (sério?), muito conhecido pelas suas previsões. Don Airey, atualmente no Deep Purple, tocou teclado no trabalho. Para entender.