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terça-feira, 10 de dezembro de 2019

10, 20, 30... Tia Alice com meio século


APA

Vicent Furnier, o homem por trás do personagem Alice Cooper, mantém uma carreira longeva dividida em seus tempos de AC Group (1.969-1.973) e AC Solo (1.974-até hoje). Ambos os casos passaram por fases distintas apostando no hard rock, contudo flertando com heavy, rock'n'roll, psicodelia e sempre abusando de trabalhos conceituais.

E justamente neste "10, 20, 30...", coincidentemente, temos dois discos representado cada período do artista, um lançado na época da grupo Alice Cooper, por sinal a estreia, editada há 50 anos, e o outro já na fase solo que comemorou 30 anos em 2.019. O último, aliás, é um daqueles textos originalmente publicados na revista Valhalla #39 (capa Dimmu Borgir), da qual fui colaborador. Por isso a formatação um pouco diferente.

Claro que estamos falando de Pretties for you e Poison, este um grande sucesso e que contém o hit de maior sucesso de sua carreira, no caso a faixa título. Pegue sua APA e aprecie sem moderação!

Pretties for you

Lançado em primeiro de agosto de 1.969, o debut da então banda formada por Alice Cooper (vocal), Neil Smith (bateria), Glen Buxton (guitarra), Michael Bruce (guitarra e teclado) e Dennis Dunaway (baixo) é, digamos, estranho. Por isso a escolha de uma cerveja lupulada, amarga, enfim, boa para sentar. beber e ouvir.

Sabe aquele trabalho de transição, só que sem tem um antecessor, que precisava ser feito? É um bom exemplo. O fato é que, por essas e outras, a bolacha não foi muito bem recebida. Fracasso de público e crítica naqueles tempos.

As coisas só começaram a mudar com outras decisões e direcionamento musical a partir do terceiro LP, Love it to death, em 1.971, ano que marcou, também, a criação do clássico Killer. Mesmo assim, em Pretties... já é possível perceber que aquela formação marcaria seu nome na história. 

Afinal, continuar na ativa desde a década de 1.960 sendo relevante até os dias atuais não é uma tarefa fácil de se conseguir. Só para lembrar, seu último CD foi o excelente Paranormal, em 2.017. Ouça sem compromisso e sem preconceito. Verá bons momentos.



ALICE COOPER
Trash
(1989)
Era para se chamar Low class reunion a princípio, mas o título acabou ficando Trash e é o meu favorito da Tia Alice. A produção foi assinada por Desmond Child, o papa daquele momento do hard rock. Onde ele colocava a mão era batata: vendia milhões. Inclusive o cidadão é coautor de nove dos dez temas do disco. Lançado em julho, o play já abre com a magnífica Poison, talvez o maior sucesso do cantor estadunidense, que ganhou três versões de videoclipe devido a conter uma mulher em alguns estágios de nudez - fala verdade, dos com mais de 30 [N. do R.: texto escrito em 2.003], quem não estourou a fita VHS de tanto ver este clipe? - e caminha com Spark in the dark, House of fire e Why trust you, ou seja, três faixas do mais puro hard dos anos 1.980! A próxima é a bonita balada Only my heart talkin’. Bed of nails era a primeira do lado "B" na época do vinil e bem cheia de guitarras criativas para culminar até na mais cadenciada This maniac’s in love with you. A faixa título é a próxima, cheia de punch. Nesta fase, Cooper costumava convidar inúmeros amigos para gravarem algo em seus discos e aqui encontramos o guitarrista Joe Perry e o vocalista Steven Tyler, do Aerosmith, o cantor Jon Bon Jovi e o guitarrista Ritchie Sambora, da banda Bon Jovi – estes dois últimos a co-assinam – e Keep Winger (ex-Winger) interpretando muito bem a emocionante balada Hell is living without you. O encerramento é com I’m your gun bem no "estilão" 1.980 mesmo. Foi nessa turnê, a “Trash The World Tour”, que durou exatamente um ano, de outubro de 1.989 a outubro de 1.990, em que o baterista Eric Singer (Kiss, Black Sabbath e outros) começou a tocar com Cooper. Sem comentários. (VA)


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domingo, 1 de dezembro de 2019

GERAL: Discos lançados em 2019 parte 1


Pilsen


A partir desta publicação e durante algumas, sem saber exatamente quantas, o blog SP&BC vai trazer alguns dos álbuns editados neste ano em breves palavras. Não é uma lista dos melhores do ano, apenas aqueles que por algum motivo acabaram não gerando resenha na devida época. E, também, já deu para perceber que quando não gostamos nem comentamos.

A cerveja escolhida foi uma Pilsen pelo fato de que uma certa importada alemã passou pela geladeira da redação e acabou influenciando no momento do trabalho. Ou seja, uma Pilsen bem encorpada e nada a ver com a Larger de que estamos acostumados, hein, por favor.

Stress - Devastação
Quarto álbum independente dos pioneiros paraenses. Para quem não sabe - ainda - essa banda de Belém foi a primeira a gravar um LP de heavy metal no Brasil no início do anos 1.980. O independente Devastação é excelente! Pronto, já nem precisaria falar mais nada. No entanto, como bom jornalista, vale dizer que, apesar da dificuldade em destacar uma ou outra faixa, arriscamos dizer que Motorocker, a lenda vai virar clássica no meio, isso se não alcançar o status de hino dos motociclistas. Ao todo são 11 faixas e entre elas, regravações de Coração de metal, Heavy metal é a lei e Brasil heavy metal, que aparece também em uma versão sinfônica no final. O álbum igualmente marca a estreia do guitarrista Emersom Lopes ao lado dos fundadores Roosevelt Bala (baixo e voz) e André Chamom (bateria).



Hellish War - Wine of Gods
Vindo do interior de São Paulo, mais precisamente de Campinas, o quarteto apresenta aquele heavy metal tradicional que é sua marca registrada neste novo petardo. E não é nenhum demérito, não, ao contrário, pois é feito com competência. Wine of Gods, o quarto da discografia, é um daqueles  trampos que nos faz acreditar que o metal jamais padecerá frente a qualquer modinha passageira por esses lados. Não à toa, Warbringer conta com a participação especial de Chris Bothendahl, líder do Graver Digger. Além da versão física, o CD também está disponível nas plataformas digitais, assim como os outros títulos nesta página. Confira uma entrevista com o grupo aqui.


Uganga - Servus
Minas Gerais sempre foi o berço de grandes nomes da nossa cena pesada, vide Sepultura e Sarcófago, só para ficar em dois dos mais famosos e influentes. E, justamente, pelo último passou o vocalista Manu Joker. Entretanto, o som do Uganga, já há duas décadas e meia na estrada cantando em português, não tem nada a ver com a formação lembrada (leia uma entrevista com músico aqui para saber mais). Servus, financiado pelo Wacken Fundation, é um trabalho digno de registro. Dizer que é o melhor trabalho dos cinco de estúdio é complicado, pois todos apresentam uma qualidade acima da média. Isso quer dizer que mais uma vez os mineiros não decepcionaram e entregaram um ótimo disco! Altamente recomendado.


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quarta-feira, 13 de novembro de 2019

10, 20, 30... E aí, doutor?



Witbier



Enfim, essa coluna do blog SP&BC ganhou um nome: 10, 20, 30... Aqueles discos lançados por uma mesma banda em datas cheias. Ok, às vezes não dá certo, seja porque a banda acabou pulando  aquele ano para zicar aqui, ou qualquer outro motivo. Contudo, quando estamos diante de um clássico, é preciso achar uma brecha no regulamento.

Conta a favor, igualmente, se eu já escrevi sobre o referido trabalho em outra oportunidade em algum outro veículo de que fiz parte. Assim, o blog reverencia as três décadas do melhor álbum do Mötley Crüe, Dr. Feelgood, que comemorou 30 anos em setembro. Os estadunidenses não editaram nada em 1.999 e 2.009. 

Para acompanhar, nada melhor que uma breja a base de trigo e refrescante como a Witbier, afinal a partir do momento em que se aperta o play, ou se coloca a agulha sobre o vinil, ninguém fica parado. O texto a seguir saiu na edição #24 da Revista Valhalla. E este ano ainda tem mais uma comemoração especial por aqui. Aguardem!


MÖTLEY CRÜE
Dr. Feelgood
(1989)
Sem medo de errar: este foi o auge do Mötley Crüe! Foi por causa deste disco que o Metallica contratou o produtor Bob Rock (The Cult, Kingdom Come, Ted Nugent) para o seu Black Album (1.991) – e o resto da história o mundo inteiro já sabe. Todos os singles de Dr. Feelgood ficaram várias semanas em boas colocações na parada, sendo que o da faixa-título chegou à sexta posição. Estas músicas de trabalho foram Kickstar my heart – que fala sobre “uma quase morte” por overdose de Nikki Sixx (baixo) – Without you, Don’t go away mad (Just go away) e Same Ol’ Situation (SOS), todas com direito a clipes. Em outubro, um mês após o lançamento, este play alçou o Crüe ao primeiro lugar da Billboard. Precisa dizer mais? Claro que os dois últimos trabalhos do grupo, Generation swine (1.997) e New tattoo (2.000), foram no mínimo discutíveis, mas até Vince Neil (vocal) ser chutado, o que durou poucos anos, os quatro – Mick Mars (guitarra) e Tommy Lee (bateria) completam o line-up clássico – possuíam uma química excelente, mesmo não sendo músicos estupendos. Só nos resta rezar para que a turnê de despedida [N. do R.: texto escrito em 2.002], prometida pelos quatro membros originais deste monstro do Hard/Glam oitentista, passe por aqui no ano que vem. (VA)


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domingo, 27 de outubro de 2019

Gueppardo: Diretamente dos anos 1.980

Som da banda está, também, disponível nas plataformas digitais, naturalmente


Novo trabalho será lançado na segunda quinzena de novembro pela Classic Metal



A segunda entrevista realizada no River Rock Festival, em Indaial, em setembro chega agora ao blog SP&BCGueppardo. Nascido em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, o quarteto veio até o Vale do Itajaí, na ocasião, apresentar seu som calcado no hard'n'heavy dos vindouros anos 1.980.

Com esse nome - felino que se parece com o leopardo - e aliado à curiosidade sobre o acréscimo de uma letra "P" na grafia dos gaúchos, é inevitável imaginar a influência de um certo gupo britânico. "Na grafia não", responde o vocalista Mauricio Osório, "o som o Def Leppard é oitentista, das bandas de hard'n'heavy, mas [na grafia] não chega a ter uma relação direta, não", conclui sobre a escrita.
Influências de Ratt, Motley Crue etc.

Já o baixista Rafael Yadek Domingues explica que as letras repetidas em sequencia vieram dos dois fundadores da banda, o guitarrista Pery Rodriguez, o único que não estava no bate-papo, e seu irmão e ex-integrante Peter. "Eles colocaram os dois pês como uma assinatura deles. Muita gente pergunta sobre o lance do Def Leppard", estabelece a coincidência. Completa a formação o baterista Leo Sarmento.

"O Gueppardo está na cena desde 2.007", apresenta Osório. E nesses 12 anos de estrada os gaúchos já lançaram o EP independente Instinto animal, em 2.009, e o debut Fronteira final, em 2.015. Algumas músicas de Instinto... serão "relançadas no nosso proximo CD, Execução sumária, que sai agora em outubro", explica [N. do R.: A previsão de lançamento é dia 20 de novembro via Classic Metal Records]. O quarteto passou por um período inativo pouco depois da estreia fonográfica até primeiro full length começar a ganhar vida.

Algo que parece normal é a troca de integrantes em qualquer grupo. Difícil quem nunca passou por pelo menos uma. E aqui isso não é uma excessão. "Normal em qualquer grupo de metal" concorda o vocalista. "Eu estou há três anos, entrei em maio de 2.016, fazendo a turnê do Fronteira final". Portanto o novo lançamento será, também, sua estreia em estúdio. O único membro da formação original é Rodriguez, por sinal, o principal compositor.

"Vamos a todos os lugares do Brasil", alerta Osório sobre disponibilidade, "estivemos recentemente em São Paulo, Curitiba, Florianópolis tocamos ontem [sexta, 06/09/2019], vários festivais aqui em Santa Catarina, Rio Grande do Sul na semana que vem", destaca a agenda. Lembrando que entrevista rolou no início de setembro.

E não pensem que os caras são virgens quando o assunto é tocar na gringa. "Tivemos três passagens pela Argentina", comemora Domingues. "A cena deles é muito legal, firme e gostam do fato de cantarmos em português. Valorizam isso! São a favor de cantarmos [na nossa língua natal] porque a maioria [das bandas de lá] canta em castelhano, o idioma deles" destaca para finalizar com aquela declaração manjada: "Onde quiserem nos levar nós iremos, sem frescura".

Ainda sobre as letras em nossa língua mãe, Osório cita que "uma característica diferente das bandas de hard ou de heavy metal - nos definimos mais hard/heavy - é que o nosso som é em portugues. Temos uma música em inglês e duas em espanhol, bem por conta desse intercâmbio com nosssos amigos da Argentina e o Pery que é 'meio brasileiro, meio argentino', então essa influencia do castelhano está muito forte na banda. Gostamos bastante das bandas de lá", setencia.

Vamos sugerir uma cerveja para a galera?


Partindo para o acompanhamento tradicional do SP&BC, Osório sugere que como o "pessoal diz que o nosso som é cru, então, de repente uma Puro Malte acho que seria o mais correto. Mas em termos de variações, uma Ipa, uma Weiss", enumera para agradar a todos. 

"Gosto muito das Red", continua o vocalista, porém "aprecio as Puro Malte. É gosto de cerveja com certeza!". Ok; alguém mais? "Eu gosto mais da Ipa", se alegra Domingues, "então recomendo uma Ipa, que vai bem!"

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quarta-feira, 2 de outubro de 2019

The Undead Manz sem fórmulas


Catarinenses planejam terceiro lançamento ainda para 2.019

Na edição de 2.019 do River Rock Festival (leia a cobertura aqui), em Indaial (SC), no início de setembro, o blog SP&BC trocou uma ideia com The Undead Manz e Gueppardo, ambas após as respectivas apresentações das bandas. A primeira delas, com a catarinense, você lê agora. A outra, com a gaúcha, estará disponível dentro de alguns dias.

Formado em 2.014 em Criciúma, ou pelo menos oficialmente, já que "é uma ideia mais antiga" do vocalista e guitarrista Z, o The Undead Manz, assim como a maioria, passou por algumas trocas de integrantes, contudo cada músico contribuiu para se chegar ao som apresentado atualmente, segundo Z. Completam o line-up Reactor, bateria, A.K., baixo, e a guitarrista Arduinnah, que não estava no momento.

"O nosso som", volta ao assunto o músico, "é uma amalgama de tudo que há dentro da vertente do metal. Temos raízes no heavy metal mais clássico, tradicional" aliado a influências diversas vindas, por exemplo, de "integrante que toca em banda de death metal, eu ja tive banda de black metal", completa. "Nossa música tem vida própria", continua, "procuramos exteriorizar aquilo que sentimos, que é o que toda banda diz. Mas nós exteriorizamos exatamente o que a música pede", seja uma acelarada ou "um groove mais black ou death" e não interessa o rótulo.

Até interessante Z tocar no assunto rótulo, pois realmente é difícil colocar o The Undead Manz dentro de um estilo específico. Para a banda seria "industrial. Queremos fazer um som mais industrial na linha de Rammstein, as bandas alemãs" afirma o vocalista. "Mas não é o que vocês estão ouvindo (risos). Criamos nossa própria identidade e vemos isso como original e estamos nesse patamar sem nos preocupar muito com rotulações", finaliza.

Nesses cinco anos de estrada, já soltaram dois trabalhos, The rise of the Undead, em 2.017, e The Rapture of Undead's bride, em 2.018, ambos igualmente disponíveis nas plataformas musicas. O próximo, um EP, está em plena produção com previsão de lançamento para até o final do ano.

Além disso, o quarteto faz questão de citar sua página no Youtube para que tanto fãs como curiosos vejam o lado mais perfomático da formação, digamos assim. "Temos cinco videoclipes", Z comenta sobre o conteúdo na plataforma digital, "além de um que possivelmente será lançado ainda este ano". Este é o vídeo para a faixa Psycho

Bebem cerveja?

Sim, confirmaram que são apreciadores da bebida mais amada dos roqueiros. SB&BC, então, pediu, já que eles mandam um som que complica para o jornalista - alguns chamam simplesmente de moderno - qual breja seria a ideal para apreciar enquanto se deixa o CD rolar.

"Uma cerveja com muita personalidade", responde A.K., achando que vai ser "meio clichê, mas talvez uma Ipa, ou a Catharina Souer, que são cervejas de alta personalidade". Z cita uma Strong, porém o baixista explica: "a Catharina Sour é a cerveja de mais personalidade no Brasil. Essa ou uma Ipa. Coisa pesada e com personalidade". Falou e disse!

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sábado, 14 de setembro de 2019

River Rock e a festa de todas as tribos

The Undead Manz: a modernidade
Ipa


Indaial, a 167 km de Florianópolis, no Vale do Itajaí, pela décima sexta vez foi a capital do rock catarinense por três dias, entre 6 e 8 de setembro, durante o River Rock Festival. Cerca de 30 bandas, das mais variadas vertentes, se revezaram no palco fazendo a alegria de mais de 500 fãs de todas as partes do estado e, também, de outras localidades. Veja a lista completa de se apresentou aqui, na Agenda do blog.

Deny Bonfante: sem exagero
Antes de continuar, vamos explicar por que a Ipa foi a escolhida para acompanhar tal evento. Primeiramente porque era um dos estilos de chope disponíveis no bar. O outro era o Pilsen. Depois por ser uma cerveja tipo clássica, vamos dizer assim. E finalmente, o SP&BC  fez duas entrevistas, com The Undead Manz e Gueppardo, e foi unânime a sugestão do estilo para curtir o som de ambas as bandas por eles mesmos. Os bate-papos você confere em postagens futuras.

Além de bebidas, naturalmente havia uma boa oferta gastronômica. E logo pensando na estrutura, o espaço para o camping era imenso, chuveiros com água quente, limpeza dos banheiros, brinquedo para as crianças e as lojas dos merchans em meio a um paisagem convidativa.
Vai uma lembrança?

Infelizmente consegui apenas estar presente por um breve período no sábado devido a outros compromissos profissionais, entre eles o Pomerode Bierfest - leia aqui. Contudo, já na chuvosa sexta, o Ratos de Porão, que a princípio havia cancelado em virtude do problema de saúde de João Gordo, repensou a decisão e tocou como trio fazendo uma excelente apresentação, segundo os presentes. Chuva ou sol, não importa, o RR rola de qualquer jeito, dizia a organização a respeito do tempo do primeiro dia.

Cheguei ao local, o Rota 66 km Centro de Eventos, somente por volta das 15 horas do segundo dia e assisti a apenas a três shows. Pouco, porém o suficiente para atestar que o festival, não à toa, foi um estrondoso sucesso, novamente. Organização, companheirismo, horários, tudo funcionou por ali.
No stress


A primeira que vi foi o The Undead Manz, de Criciúma, no sul de Santa Catarina. O som é... Bem, é um pouco difícil rotulá-los, podendo notar heavy, industrial e gótico, por exemplo, em suas músicas e visual. O vocalista Z, para não dar muitos spoilers da entrevista, disse que a ideia é justamente essa, misturar tudo. Aconselho a dar uma vasculhada pelas redes sociais da banda e conferir os vídeos no YouTube para tirar sua conclusão. Executaram músicas dos dois discos já editados, The rapture of undead's bride e The rise of the undead.

Em seguida, foi a vez dos gaúchos do Gueppardo subirem ao palco e fazerem com que todo o recinto voltasse no tempo até os anos 1.980. Farofa total! De modo geral, bebem na mesma fonte das bandas da Sunset Strip, contudo, como as letras são em português, acabam nos remetendo à galera daquela época que cantava em nossa língua nativa, como o Salário Mínimo. O set list teve faixas do debut Fronteira Final, uma cantada em espanhol e algumas novas que integrarão o novo álbum a ser lançado ainda em 2.019.
Gueppardo: anos 1.980 total

A última que assisti foi a banda solo do guitarrista Deny Bonfante, do Perpertual Dreams, fazendo um misto de rock instrumental e canções vocalizadas. E para quem ainda não conhece vale dizer que não soa nada forçado ou que tudo esteja à disposição para que a guitarra brilhe. Pelo contrário, todos trabalham para a música. Os caras divulgavam o último disco Stronger than darkness, lançado em maio. É mais uma prova de que o lema do RR, a "festa de todas as tribos", é cumprido à risca.

Tive que deixar o festival com o coração apertado, pois adoraria ter conferido os paulistas do King Bird e também os holandeses do Legion of the Damned, entre outros. Paciência. Quero registrar mais uma vez que o RR é o sucesso que é por conta das pessoas sérias que estão por trás de tudo. Só tenho que parabenizar e esperar que continue assim. Apoio não vai faltar. Para 2.020 a data está reservada, inclusive com um dia a mais no calendário. Long Live to River Rock!!

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Bierfest veio para ficar

Evento contou com 16 cervejarias

III Pomerode Bierfest, ocorreu em Pomerode, claro, vizinha da capital da cerveja Blumenau, de 5 a 8 de setembro. Estiveram presentes 16 cervejarias do Vale do Itajaí, a grande maioria, e de diversas cidades de Santa Catarina, inclusive do Oeste. 

Muito bom para conhecer novos rótulos e sabores disponíveis em doses de 100, 200 e 300 ml nos mais variados estilos. Ipa, Black Ipa, Weiss, Stout, Red Ale, America Pale Ale, enfim, apesar de não apresentar nenhuma novidade, foi a oportunidade para degustar e conhecer receitas de outros mestres cervejeiros.

No palco se revesaram bandas fazendo covers. Agora é aguardar até o feriadão da Independência do ano que vem para a próxima edição.

domingo, 11 de agosto de 2019

AGENDA: River Rock traz os gringos do Legion of the Damned

Stout


No mês que vem rola o maior festival do Vale do Itajaí e um dos maiores de Santa Catarina. Entre os dias 6 e 8 de setembro rola em Indaial, vizinha de Blumenau, a 16ª edição do River Rock Festival. E com um nome internacionalmente conhecido: o grupo holandês de thrash metal Legion of the Damned, cujo som é inspirado em temas como horror e ocultismo.

No entanto, infelizmente, uma baixa será sentida. Os Ratos de Porão estavam escaldos, mas devido à internação de João Gordo em decorrência de uma pneumonia grave, sua participação, bem como todo o restante dos compromissos da banda até o final do ano, foram cancelados.

Além dos holandeses e dos também confirmados paulistas do King Bird, outro grande nome do River 2.019, a line-up conta com Justabeli (SP), Sinaya (SP), Anthares (SP), Cosmic Rover (SP), Kiko Shred Band (SP), Legacy of Kain (PR), High Butcher (PR), Lacrimae Tenebris (PR), Serpent Rise (RS), Gueppardo (RS), Carcinose (RS), Arandu Arakuaa (DF), AAV (SC), Pogo Zero Zero (SC), Cerebral Cannibal (SC), Anal Vomitation (SC), Deny Bonfante Project (SC), Apócrifos (SC) , Starshok (SC), Tengu (SC), Obscurity Vision (SC), Tosse Harmônica (SC), Homem lixo (SC), Vermouth (SC), The Undead Manz (SC), Overblack (SC), 100dogmas (SC), Balboas Punch (SC), Dark New Farm (SC), Raging War (SC), No One Spoke (SC) e mais duas bandas covers, Tributo Death - Cosmic SOUL (SC) e Tributo Pantera - Cowboys from Rio (SC).

Agora, se ainda não comprou seu ingresso, precisa se apressar, pois as vendas se encerram no próximo dia 25. Eles custam R$ 150 para as três datas do evento. Depois, só juntar a barraca, se preparar para acampar e curtir os shows.

Serviço

Pontos de venda em Indaial e nas cidades próximas, além de Curitiba, no Paraná. Os ingressos adquiridos em qualquer ponto oficial são isentos de taxas e custam R$ 150, mais um quilo de alimento a ser entregue na portaria, até o dia 25/08/2019.

Abertura dos portões: 13 Horas. Shows: 17 Horas. O local será o mesmo do ano passado, ou seja, a Rota km 66, Centro Eventos, na Rod. BR 470, Km 65, Rua Cascavel, 606 Bairro Encano do Norte, Indaial, Santa Catarina. 

Contatos: (47) 98458-1573.

domingo, 21 de julho de 2019

A velha boa forma intacta do Whitesnake



Koyt


Não tem jeito, provavelmente a melhor cerveja para acompanhar o bom e velho hard rock é uma que refresca, afinal, quando o disco é bom é tanto agito que mesmo com o frio, como agora, dá um calor... Para quem não conhece, esse estilo nasceu na Holanda no século XIV, é leve, alto amargor e relativamente baixo percentual de álcool, pouco mais de 5%, além de agradar em cheio quem gosta de uma Weiss, devido às suas doses de trigo.

Ok, já entreguei que gostei de Flesh & blood, novo do Whitesnake - lógico, caso contrário não estaria no SP&BC. Curioso foi ver na época do lançamento, em maio, algumas pessoas não curtirem que a banda continua, mais especificamente seu vocalista e líder, David Coverdale, com quase 70 anos, abordando os temas em que "ficam correndo atras das garotas".

Oras, em qual disco do sexteto o tema não foi recorrente? Qual outro nome do rock insere tantas vezes a palavra "love" em suas letras e títulos quanto os britânicos? Eu, pelo menos, não consigo me lembrar de outro. Sendo assim, já imaginou Coverdale e seus comparsas "vomitando" textos sobre o aquecimento global? Não dá, não é?

Shut up & kiss me, com seu excelente clipe que vai na vibe do citado no parágrafo anterior e primeiro single, Trouble is your middle name, Gonna be alright, enfim, melhor deixar qualquer faixa do álbum rolar no talo - cuidado com os vizinhos. Apesar de não trazer nada de novo - Whitesnake precisa disso? - é um dos melhores do ano!


Slip of the tongue

Sim, a Cobra Branca entrou no túnel do SP&BC com seu álbuns lançados há 10, 20, 30, 40 anos. Acabamos de falar do mais recente trabalho dos caras e agora vamos revisitar o LP editado em novembro de 1.989, Slip of the Tongue, o oitavo de estúdio.

É aquele que tem em suas fileiras o guitarrista Steve Vai. Só por isso já é um capítulo a parte na história do Whitesnake. Adrian Vandenberg, na outra guitarra, Rudy Sarzo, baixo, Tommy Aldridge, bateria, e Don Airey, teclado, completam a formação estrelada.

Não é um dos meu favoritos, mas é inegável sua qualidade através de sucessos como Now you're gone e a regravação de Fool for your loving. Até mesmo Coverdale o considera um dos mais fracos de sua discografia.

De qualquer modo, vale a conferida para quem não conhece e deixa rolar que é rock dos bons!


Love Hunter

Este sim é um dos meus favoritos! Tanto que nos meus tempos de Rock Hard/Valhalla fiz uma resenha para a "Classics", que você deve imaginar do que se trata. E o que segue é exatamente o que saiu na edição #41 (capa do Venom). Acabou a cerveja? Abra outra e divirta-se:

Sabe quando bate aquela vontade de fazer uma coisa de qualquer forma? Então, é mais ou menos assim que rola algumas resenhas para a “Classics”. Dessa vez, me deu uma vontade enorme de ir até os meus LPs, que não estão empoeirados, e vasculhar. Assim que vi Love Hunter não tive dúvidas, afinal esta maravilhosa capa ficou na minha cabeça por muito tempo a fim de comprar uma camiseta com esta ilustração. Fiquei alguns minutos apreciando-a e pensando naquela diminuição para o CD, o que empobrece os trabalhos nesse sentido. Colocando a agulha para funcionar foi inevitável começar a cantar juntamente com David Coverdale a primeira faixa da bolacha: Long Way From Home. Calma aí, este disco não é do meu tempo, não, pois saiu em outubro de 1979 e eu sou bem mais novo que isso! Em todo caso, com um pouco de interesse pelo assunto, posso passar a vocês que o líder da banda havia lançado dois discos solos, Whitesnake (77) e Nortwinds (78), após a dissolução momentânea do Deep Purple, sendo que o último já contava com Micky Moody e Bernie Marsden (ex-Paice, Ashton & Lord) nas guitarras e Neil Murray no baixo, que mais tarde viria a integrar o Black Sabbath, entre outros. O debut, Trouble (78) – antes saiu o EP Snakebite – já trazia ao time outro ex-Purple, Jon Lord (k). Completa a formação o baterista David “Duck” Dowle. Um pouco de história passada a limpo, hora de conferirmos outras pérolas do rock’n’roll aqui contidas. Nesta época, o Whitesnake fazia uma espécie de hard blues bem rock’n’roll, ou simplesmente, rock. Ops, hora de virar o vinil... Nossa, e eu nem comentei sobre as outras do lado “A”: o hit Walking In The Shadow Of The Blues, Help Me Thro’ The Day, Medicine Man e You’N’Me. Ok, vamos então ao lado “B” que está totalmente no talo do meu antigo 3x1. Mean Business arregaça. A faixa-título é outra marcante principalmente por conta do slide de Moody e o suspiro/gemido característico do vocalista e ainda temos Outlaw, Rock’N’Roll Women e We Wish You Well. Ah, sim, a produção foi de Martin Bich (Black Sabbath, Deep Purple, Iron Maiden). Há quem diga que fase clássica dos ingleses começou com o trabalho seguinte Ready An’ Willing (80), mas Love Hunter é digno de todos os méritos e como diria meu amigo Marcio Baraldi: “É du carvalho!”

domingo, 16 de junho de 2019

Armageddon em imagens

André Matos: lembrança inesquecível (FOTOS: Kallyna Halana Gomes)

IPA


Tuatha De Danann
Infelizmente o blog SP&BC não conferiu de perto o II Armageddon Metal Fest, no dia primeiro de junho, em Joinville (SC), por motivos particulares. 

Mesmo assim, não poderíamos deixar passar batido esse evento da magnitude de abrir uma IPA e bater cabeça com uma felicidade incrível.

Dessa forma, segue alguns momentos daquele dia com a cobertura através de fotos feitas brilhantemente por Kallyna Halana Gomes.
Blackmass

Ratos De Porão
A apresentação do Shaman marcou o penúltimo show do cantor, tecladista, compositor e maestro André Matos. O músico faleceu uma semana depois, no dia 8, em São Paulo, vítima de um infarte. 

Rotting Christ
Motorocker

domingo, 9 de junho de 2019

Inscrições abertas para o 'Minha banda é um sucesso'


Weiss


Sim, amigo, abra uma Weiss para comemorar a abertura das inscrições para a 3ª edição do Minha Banda é Sucesso. As bandas de rock de todo o estado de Santa Catarina tem prazo até o dia 30 de junho no site culturatimbo.com.br ao custo de R$ 50. O concurso é promovido pela Prefeitura Municipal de Timbó através da Fundação de Cultura e Turismo (FCT) e é voltado exclusivamente para os conjuntos catarinenses autorais que explorem o rock em suas mais variadas formas.

O concurso premia as três primeiras colocadas com R$ 2.400 e troféus, além da gravação de um clipe sem roteiro e uma música na cidade de Timbó para a campeã. “O concurso abre as portas para as bandas autorais de todo o estado, fortalecendo o cenário musical e revelando grandes talentos, a exemplo das edições anteriores”, destacou o presidente da FCT, Jorge Ferreira.

O evento ocorre em quatro etapas sendo a final no dia 22 de fevereiro de 2.020 durante o Cultura Rock. O regulamento completo da competição e a ficha de inscrição estão disponíveis no site citado acima. Boa sorte!

sábado, 8 de junho de 2019

LUTO: A música perde André Matos

(IMAGEM: Facebook Shaman)

Músico morreu neste sábado, dia 8, aos 47 anos



Li a notícia há algumas horas, mas não quis acreditar. Achei ser outra fake. Apesar da fonte confiável. Não era. Há pouco encontrei essa ilustração no perfil de uma rede social do Shaman, atual projeto do vocalista, tecladista e compositor André Matos. Sem dúvida um dos melhores do nosso país. Ainda não foi divulgada a causa de sua morte, neste sábado.

Do mesmo perfil seguiu esse comunicado assinado pelos membros da banda: "O destino nos uniu, nos separou, nos reuniu e agora pregou mais essa com a gente. É com profunda dor em nossos corações que nos despedimos do André mais uma vez, desta vez de forma definitiva. Além da ferida que jamais cicatrizará, e mesmo sabendo que passamos momentos gloriosos junto ao nosso companheiro e amigo, restará pra sempre o melhor dele em nossos corações".

Matos começou cedo, aos 15 anos, com seus amigos do Viper, no já longínquo anos 1.980. Dois excelentes discos depois saiu, foi estudar música clássica e voltou à cena com o Angra. Mais sucesso ainda. Já na década de 2.000 o Angra se dividiu. Três ex-integrantes, incluindo o frontman, formaram o Shamam. Esse último contou com uma trilha em novela da Globo. Não que precisassem. Após seu fim, Matos partiu para uma carreira solo.

Além desses nomes, André tocou e gravou com grandes personalidades do metal mundial, como por exemplo Timo Tolki, ex-Stratovarius, entre muitos outros. Nesta década, o músico retornou com todos esses projetos, fazendo turnês de reunião e a alegria dos fãs. Faltou apenas com o Angra.
André em ação em show em Presidente Prudente (SP)

Jornalismo


Nunca tive a felicidade de entrevistar André Matos. O máximo que consegui foi resenhar alguns CDs para Valhalla, cobrir alguns shows,  e tentar fazer algumas fotos com uma câmera amadora, como a - horrível - que está ao lado. Coisas de jornalista em início de carreira.

Pelo menos perdi as contas de quantas vezes conferi sua performance ao vivo. Viper, Angra e Shaman. E por fim, devido a compromissos particulares não pude estar no que foi seu penúltimo show, bem aqui perto, em Joinville (SC), no Armageddon Metal Fest. O último foi em São Paulo, no último domingo. Vai fazer falta, mestre! R.I.P.

quinta-feira, 2 de maio de 2019

AGENDA: Cada vez mais próximo o Armageddon

Double IPA


Calma, não é o fim. É o festival dos sonhos de todo catarinense amante do heavy metal, o Armageddon Metal Fest, que rola no próximo dia primeiro de junho, a partir das 14h em Joinville, no Expoville, que fica na Rua XV de Novembro, 4315 - Glória.

Além de contar com o retorno da formação original/clássica do Shaman e dos gregos do Rotting Christ, se dividem em dois palcos mais 13 nomes: Ratos de PorãoGangrena Gasosa, The MistTuatha de Danann, The Secret Society, Total Death (Equador), Huey, Motorocker, Symmetrya, Violent Curse, Blackmass, Semblant e Flesh Grinder. 

Os ingressos de meia-entrada e promocional já estão no terceiro lote e custam R$ 170 até o dia 31 de maio. Não há taxa de conveniência para a compra online (Ticket Brasil) e os valores podem ser parcelados em até 12 vezes. Para usufruir da entrada promocional, é obrigatório doação de um quilo de alimento não perecível ou de ração para gatos e cachorros.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Blumenau city beer

Público lotou as dependências da Vila Germânica


Festival ratifica o porquê de Blumenau ser a capital da cerveja


Terminou neste sábado, dia 16, o 11º Festival Brasileiro da Cerveja, no Parque Vila Germânica, em Blumenau, a capital nacional da bebida mais amada pelos brasileiros (de acordo com a lei sancionada pelo então presidente Michel Temer em 2.017). E, como sempre, não faltaram novidades, diversão, música e gastronomia, claro.

Tudo começou um pouco antes com o Concurso Brasileiro de Cervejas entre os dias 9 e 11. Mais de 3.100 rótulos distribuídos entre 156 estilos diferentes produzidos por 505 cervejarias disputaram as medalhas de bronze, prata e ouro, ou seja, de melhores do país.

A premiação ocorreu no dia 12 e foi transmitida via redes sociais sendo assunto, evidentemente, dentro da cultura cervejeira ao longo do período da festa. Um detalhe é que apesar de ser de nível nacional, o corpo de jurados foi formado, também, por juízes vindos de outros países, como Alemanha, Bélgica, África do Sul, República Tcheca e outros.
Rock ditou o ritmo em sua maioria

Aberta ao público a partir de quarta, dia 13, o festival já destacava o que cada stand arrematou de medalhas. Contudo, não apenas as premiadas eram procuradas, pois há muito mais a conhecer em se tratando de brejas do que se imagina. 

Eram 800 rótulos de 116 cervejarias disponíveis de todos os cantos do país em versões de 100, 200 ou 300 ml. Estivemos em dois dias, o maior número possível de rótulos, então provamos um bom número deles.

Abrindo um a parêntese para falarmos um pouco de outro evento que ocorreu paralelamente ao festival, a Feira Brasileira da Cerveja, voltada para os profissionais do setor. Entre os expositores, nacionais e internacionais, pudemos perceber instituições de ensino, fornecedores de máquinas e equipamentos, insumos e mídia especializada.

Voltando para a parte dos "bens de consumo", uma das cervejarias servia suas bebidas em um copo com uma válvula em sua parte inferior, igualmente conhecido como fundo, que permitia que o líquido o enchesse por baixo. O resultado era uma breja muito mais saborosa e cremosa.

Sobre novidades e as não tão comuns. Começando com uma Stout envelhecida no fundo do mar, sem CO2 (gás carbônico) e que não precisa ser servida gelada. Seu aspecto se assemelha a um vinho seco. Bastante forte, agradou em cheio seus apreciadores.

E para lembrar do Sant Patrick's Day, festa anual que celebra a morte do padroeiro da Irlanda São Patrício, comemorado no dia 17 de março em que bebemos "cervejas verdes", encontramos uma Belgian Weiss com adicional de menta. Aliás, neste mesmo stand havia uma Imperial Stout com pimenta, disponível nas versões leve e hot, ou seja, com gotas, lógico, de pimenta.

Pudemos observar empresas que se preocupam em ser autossustentáveis. Duas chamaram a atenção nesse sentido. Uma delas com o slogan cervejaria rural produz todos as adicionais que integram seu produtos, menos malte, inspirados em personalidades como David Bowie, Einstein e Che Guevara. Já a segunda produz rigorosamente toda sua matéria-prima.

Sentimos falta de fábricas com uma maior interação entre rock e cerveja. Em outros anos várias empresas estavam nessa linha e na versão 2.019 pouco, ou quase nada, se viu. Deve ser a crise. Entretanto, conseguimos encontrar uma Black Metal IPA sensacional. Curioso que ao escrevermos este texto ouvindo Panzer - a nacional, evidentemente - parece que conseguimos nos lembrar de seus aroma e gosto. 

Música


Essa relação rock/cerveja combina tanto que quase todas as bandas tocaram o estilo. Várias formações passaram pelos palcos dos setores 1 e 2 sempre com qualidade e bom repertório. Na sexta-feira, por exemplo, se já seria uma surpresa um nome interpretar Last night, dos Strokes, imagine duas. Algumas até apresentavam versões pouco diferentes do usual, saindo de velhos clichês para vários classicos. 

Em se tratando de set list, a com maior participação foi Psycho killer, dos Talking Heads. Nada menos do que quatro bandas, nas duas datas, a executaram. Uma boa pedida, possivelmente, seria dar espaço para nomes com trabalhos autorais. Seria uma ajuda e tanto para a cena.

Saldo positivo, todos felizes, isso que importa. Que venha 2.020! SP&BC e o Programa Lendas do Rock estarão lá, com cerveja!