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domingo, 19 de janeiro de 2020

GERAL: Parte 2

Double Ipa


Chegamos, então, à segunda parte de uma geral nos lançamentos, não necessariamente de 2.019, que ainda não haviam passado pelo SP&BC. Três álbuns nacionais que, apesar de estilos diferentes, levam o desafio de serem apreciados acompanhando o mesmo estilo de cerveja. Nesse caso, uma Double Ipa faz todo sentido com mais amargor e malte que uma Ipa tradicional.


Devachan - Regeneração
O nome me soou um pouco estranho no começo, admito, pois significa algo como paraíso em sânscrito, um dialeto antigo do norte da Índia, ou morada dos deuses para os tibetanos. Pensei em se tratar de algo de temática religiosa, então. O nome do álbum, Regeneração, ratificou ainda mais. Já a capa não me remeteu a tanto e após o play percebi que estava enganado.

Trata-se de um metal progressivo extremamente técnico, de mensagens fortes e bastante significativas ("Não fique por aí culpando todo mundo daquilo que você não é capaz", por exemplo). Aliás, essa maturidade sonora, provavelmente, se deve a um certo detalhe no line-up da banda de Boituva (SP), já que trata-se de uma família literalmente falando. 

Vejamos, Daniel Dias é o pai baixista e autor da maioria das músicas - escritas no auge dos anos 1.980, também por isso, provavelmente, são em português -, Gabriel é um dos filhos, vocalista e Leandro é o outro filho, guitarrista. Completam a formação Michel Veríssimo, teclado, e Bruno Caresia, bateria. Eu não mexeria em nada, pois o som é excelente!



Maestrick - Espresso della vita - Solare
Discaço! Sim, senhor, esse trabalho demorou para estar em SP&BC, mas antes tarde do que nunca, já diria o ditado. Afinal ele saiu em 2.018 e se trata do segundo álbum do Maestrick, de São José do Rio Preto, interior de São Paulo. O debut saiu em 2.011 intitulado Unpuzzle.

Poderíamos dizer que se trata de um som voltado ao prog metal, tamanha variedade artística encontrada ao longo das 12 faixas de Espresso della vita - Solare, contudo, acredito ser uma injustiça porque percebemos que o trio bebe em diversas fontes como pop, rock e metal.

Fabio Caldeira, vocal e piano, Renato "Montanha" Somera, baixo e vocal, e Heitor Matos bateria, respondem pelo Maestrick, que não conta com um guitarrista fixo, o que poderia soar estranho para uma banda de metal. Porém aqui vira detalhe. O disco igualmente foi lançado no exterior, assim o Brasil segue bem representado lá fora.



Psychotic Eyes - Olhos Vermelhos
Já conhecia uma banda com som hard rock e vocal baseado no gutural, o Tiger Cult. Agora uma banda gravar death metal acústico ainda não havia visto. Mais ou menos isso encontramos nesse EP do Psychotic Eyes, outro nome paulista da vez, Olhos vermelhos. Como eles dizem, um progressive death metal.

Lançado apenas digitalmente, o trabalho apresenta uma música nova, a faixa-título e única em português, uma nova versão para The hand of fate, do primeiro CD autointitulado (2.007), Life e Dying grief, ambas de I only smile behind the mask (2.011). Procura por originalidade? Escolha este sem medo!