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domingo, 11 de abril de 2021

10, 20, 30... Accept em 40 anos: simplesmente heavy metal

 


Bitter

Enfim, chegou a vez da banda alemã Accept figurar no 10, 20, 30..., um dos quadros mais legais do SP&BC. Com o lançamento de Too mean to die, vasculhamos a discografia do quinteto e encontramos Breaker, de 1.981, para nos ajudar a trilhar e entender a evolução dos caras.

Para nos acompanhar, em um dia abafado, diga-se, resolvi escolher uma Bitter, enquanto escrevo, lupulada, mas não tanto forte, apenas 3,9% de teor alcoólico, pois para ouvir as vozes de ambos trabalhos as bem lupuladas combinam perfeitamente!


Breaker

A ideia do 10, 20, 30... é, justamente, fazer um apanhado dos primórdios com a atualidade da carreira de determinada banda pontuando a cada 10 anos, quando há lançamentos, naturalmente.

E quando percebemos que o Accept seria uma postagem possível confessamos um sorriso de orelha a orelha. Afinal, Breaker é, de fato do início da carreira, o terceiro álbum dos alemães e, apesar de ainda estarem lapidando o som para o ápice que foram os três seguintes, Restless and Wild (1.982), Balls to the wall (1.983), e Metal Heart (1.985), este aqui não fica devendo em nada aos mecionados.

Quando adolescente, quem nunca colocou Son of a bitch no volume mais alto só para incomodar, ou "brigar" com o mundo mesmo, que atire a primeira pedra. A exceção da balada Breaking up again, todas as demais faixas apresentam as melodias fáceis e divertidas, riffs poderosos, refrãos grudentos, e um vocal inconfundível digno de Pato Donald, ou seja, tudo como manda a cartilha do bom heavy metal.

Neste LP estavam na formação Udo Dirkschneider, vocal, Wolf Hoffmann, guitarra, Jorg Fischer, guitarra, Peter Baltes, baixo, e Stefan Kaufmann, bateria. Fica a dica.


Too mean to die

O décimo sexto álbum de estúdio do Accept até parece que virou um projeto do guitarrista Hoffmann, pois foi único que permaneceu até hoje na banda. E guardadas as devidas proporções, o mais novo disco dos alemães é uma verdadeira paulada sonora. Tão bom quanto o anterior, The rise of chaos (leia resenha aqui) e, com certeza, estará em várias listas dos melhores do ano de 2.021.

É uma pena não podermos assistir aos shows como fazíamos até pouco tempo atrás, com aglomeração, pois ouvir esse novo trabalho executado em cima de um palco seria, no mínimo, gratificante.

O bom é que os músicos, ainda bem, não pararam de trabalhar e estão produzindo normalmente sons inéditos e lançando os CDs. Afinal, todo mundo precisa trabalhar, não é só o profissional que fica atrás de uma mesa, ou balcão, ou pega no pesado, mas os artistas de modo geral, que dependem de aglomeração, precisam pagar as contas também, então, fica em casa, amiguinho; vá trabalhar, mas sem "rolê". Não vá às festas clandestinas, etc. Quando tudo isso passar, todos vão ganhar!

Para finalizar, os músicos que gravaram este excelente petardo foram, além do já citado Hoffman, Mark Tornillo, nos vocais - ainda me impressiono com uma certa semelhança com Udo, mas competentíssimo - Uwe Lulis, guitarra, Philip Shouse, guitarra - sim, usaram três guitarras dessa vez -, Martin Motnik, baixo, e Christopher Williams, bateria.