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A sugestão desse
tipo de cerveja para acompanhar esse som se deve aos maltes de trigo que parecem
combinar com as batidas pulsantes da bateria e nos envolvem por completo. E,
claro, a necessidade de se refrescar um pouco, pois o disco é porrada após
porrada.
Décimo quarto
álbum de estúdio do Sepultura, Machine
Messiah (Nuclear Blast, Nac.) é muito diferente de seu antecessor, The mediator between head and hands must be the heart, editado em
2013. Este foi mais voltado ao lado brutal do quarteto. Agora, a pedida é um
pouco mais de groove.
A banda nunca
lançou dois trabalhos iguais. Assim, mais uma vez podemos ouvir um CD cheio de
ideias, novos elementos, como passagens com violinos, enfim, o Sepultura se
reinventa a cada lançamento. Ponto para o grupo.
Tanto que a
faixa-título que abre o disco não é aquela típica música de abertura. Problema?
Evidentemente que não, pois a mesma se desenvolve muito bem, inclusive com uma
linha vocal mais melódica.
O conceito do
álbum chama a atenção desde o título até a capa, inspirados pela robotização da
sociedade atualmente. Segundo o release, a “Máquina Divina” criou a humanidade
e agora com o aparente fechar do ciclo, retornaremos ao ponto de partida.
“Viemos das
máquinas e estamos indo de volta. O Messias, quando voltar, vai ser um robô ou
um humanoide, nosso salvador biomecânico”, completa o texto extraído do site oficial do grupo.
Andreas
Kisser (guitarra) já tinha o nome e o conceito do projeto quando iniciou a
pesquisa para a ilustração da capa. A escolhida foi “Deus Ex-Machina”, criada
há seis anos por Camille Dela Rosa, das Filipinas, e coincidiu com a ideia do
disco. Depois de Arise (1991), talvez
seja a melhor capa da discografia do quarteto.
Não vou
destacar nenhuma música, pois em minha opinião não há nenhuma faixa ruim. É um
CD coeso e bem produzido pela banda e por Jens Bogren (Soilwork e outros). Curiosidade:
desde 1993, com Chaos A.D., não gravavam
na Europa. A volta ao continente para esse registro ocorreu na Suécia.
Além de Andreas,
completam o line-up atual o vocalista Derrick Green, o baixista Paulo Júnior,
único integrante da formação original, e o baterista Eloy Casagrande (ex-André
Matos e Gloria).
Filme
Mesmo depois
de mais de 30 anos de estrada, o Sepultura ainda é a banda de metal, incluindo
todas as vertentes, mais conhecida do Brasil lá fora e dentro do país. Só isso
já é motivo suficiente para o documentário Endurance, que conta essa rica história, em cartaz desde 14 de junho em algumas cidades
brasileiras.
Ainda não o
assisti, até porque não chegou a Blumenau (SC), mas desde já lamento que os
irmãos Max e Iggor Cavalera não permitiram que as músicas co-escritas por eles
estivessem na trilha. Uma tremenda bobagem.
De qualquer
forma, torço para que um dia, se perdoem. Não pela música. Não pela
oportunidade de uma reunião. Mas sim pelo lado das pessoas, o mais importante.
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