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segunda-feira, 20 de novembro de 2017

Costeletas provam que há vida inteligente no underground do interior


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Em um belo sábado ouvindo o programa Lendas do Rock, do casal de amigos, Paulo e Maysa Rossi, ganhei este CD (Independente, Nac.). A surpresa foi tanta que ele abocanhou esta resenha. E cabe aqui um detalhe, caso tenha passado desapercebido. Todos os trabalhos comentados aqui não serão malhados, pois somente o que passa pela linha editorial - bastante criteriosa - é publicado. Ou seja, se for ruim, não entra. Simples assim.

Os Costeletas, formado em março de 2.006, são de Rio do Sul (SC), a 191 quilômetros da capital Florianópolis. Poderosa ação desengripante já é o segundo EP, um lançamento físico, encarte com letras, contendo 10 músicas em 27 minutos de puro rockabilly.

Vou logo dizendo a faixa que mais me chamou a atenção. Trata-se de Roqueiro de pantufa. É um tema que retrata exatamente o fã da atualidade. "Ir pro festival ou assistir o Faustão?  (sic) / Curtir o rock'n'roll ou ver televisão?" ou "Show ao vivo, isso nunca vi / Lá em casa tem pipoca, não consigo resistir" falam por si só.

Há, claro, também, as letras de duplo sentido, como em Assim como você. Segunda feira é outro retrato do cotidiano do trabalhador brasileiro. Ama a sexta-feira e odeia o primeiro dia da semana. Mas não deveríamos ser gratos por termos um trabalho? No restante do track list não há um senão sequer.

O disco foi gravado no Pró Audio Video Studio, em Rio do Sul, produzido por Marquinhos Figueiredo e Costeletas enquanto que a capa foi assinada por Ismael Martinez. A formação conta com Rodrigo Fronza (baixo e vocal), Fernando Avila (bateria), Guilherme Frahm (guitarra e vocal) e Rafael Tschumi (guitarra e vocal).

Se você não se acha um roqueiro de pantufa deveria correr atrás desse play e deixar de "ficar em casa" para ver um "filme em HD" (N. do R.: trecos da letra de Roqueiro...). As bandas de trabalho autoral agradeceriam. Eu não sou um desses, e você?

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