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segunda-feira, 8 de janeiro de 2024

KISS parte 2, a vingança


Dark Strong Ale

Blá, blá, blá. Você já sabe que é mais uma do Projeto Valhalla - já expliquei nas vezes anteriores aqui mesmo no SP&BC. Portanto, fechando o que saiu na #22 da Revista Valhalla Metal Magazine, a segunda parte da Bio do Kiss.

A cerveja, claro, a mesma da primeira edição, pois, como já dito, a Dark Strong Ale é a minha preferida e tem mais de 10% de teor alcoólico. Uma cerveja elegante para uma música idem. E para ficar ainda melhor, trouxe uma página cheia de ofertas na Amazon. Clique aqui e confira, tem frete grátis e até 50% off. Saúde!

30 ANOS DE SEXO, ROCK ‘N’ ROLL E MUITO MAIS...

 SEGUNDA PARTE - A missão continua

por: Vagner Aguiar

 A partir de agora, o prezado leitor acompanha a conclusão da “Biografia” iniciada em nossa edição anterior. Ali, nós tivemos os primeiros 10 anos do quarteto em questão, o estouro, a fase totalmente mascarada. Aqui, acompanharemos os tempos difíceis sem a mesma, bem como a sua volta e... Bem, melhor você mesmo descobrir. Boa leitura!

Vamos lavar a cara?

Em 1983 já existia a MTV, emissora ideal para mostrarem sua mais recente mudança e anunciar a gravadora nova – a banda assinara com a Mercury. O mundo da música, então, estava voltado para o canal musical na tarde de 18 de setembro para poder conhecer os verdadeiros rostos de Gene, Paul, Eric e Vinnie. No mesmo dia, estréia o clipe de “Lick It Up”, música que dá nome ao novo LP. Além de “lavar a cara”, trocam as roupas extravagantes por couro, visual comum no Rock.

Lick It Up é bem aceito e mostra um som focado no Hard da atualidade. Como retribuição, a atenção da mídia, dos fãs – 24o lugar nas paradas – e o nome Kiss no alto novamente. Apenas dois temas não levam a assinatura de Vincent nos créditos, no que se refere às composições.

Diferente das anteriores, essa turnê começou na Europa, mais precisamente Lisboa, Portugal, em 11 de outubro, cobrindo boa parte do lado Ocidental, indo em seguida para seu país natal. Os problemas começaram novamente e o ego de Vincent fez com que Stanley e Simmons o despedissem. Mark Norton, o Mark St. John (7/2/56), um professor de guitarra e virtuoso, porém menos que seu antecessor, é recrutado.

Os problemas insistiam. Gene passou boa parte dos anos 80 interessado em atuar no cinema e a partir dessa época quem levou a banda praticamente nas costas foi Paul. Dessa forma, além de se influenciarem pelas bandas de Hard, então, atuais, o estilo sex simbol do guitarrista se excedeu e os clipes ganharam a participação de inúmeras mulheres apimentando as historinhas. Fora De Controle (Runaway, 84), Miami Vice II (85), Heavy Metal Do Horror (Trick Or Treat, 86), Never Too Young To Die (86), Wanted Or Alive (86) e Red Surf (87) foram os filmes em que o baixista participou.

Assim, a modernização do Hard Rock continuava, culminando em Animalize, que ganhou a luz em 13 de setembro de 1984. St. John grava o disco – dizem que não todas as músicas –, o clipe do único clássico do álbum, “Heaven’s On Fire”, e míseros shows (incompletos por parte dele) afinal, um belo dia descobre que possui um tipo de artrite nas mãos, a Síndrome de Reiter, que o impossibilitara de tocar.

Bruce Kulick na Kiss Expo, em Campinas

Como a agenda não permitia tempo, a solução estava no velho conhecido Kulick. Só que desta vez não era Bob, e sim seu irmão mais novo Bruce (12/12/53). O novo integrante se assustou quando Paul chegou em sua casa e lhe fez o convite, pois pensava que Stanley estaria atrás de seu mano.

Outra vez um giro começando pela Europa, em Brighton, Inglaterra, dia 30 de setembro. Após o final da “Animalize Tour”, em Nova Jersey, em 25 de março de 1985, Bruce já estava confirmado no emprego há tempos. De forças renovadas, mais um disco estava a caminho, afinal a vida do Kiss era igual a tocar-compor-gravar-tocar.

Asylum, lançado em 16 de setembro de 1985, é um LP Hard Pop que não agradou muito. Nos clipes era cada vez maior a participação de mulheres seminuas. Destaques: “Tears Are Falling” e “Uh! All Night”. A turnê voltou a se iniciar nos Estados Unidos, agora no Coliseum, de Little Rock, Arkansas, em 29 de novembro. Sem cruzar fronteiras, o conjunto encerrou a “Asylum Tour” na Pensilvânia, em Pittsburgh, em 12 de abril de 1986.

Pequenas férias e pela primeira vez na carreira o Kiss deixa de lançar um LP, pelo menos, por ano. No álbum seguinte nada mudava. Com Crazy Nights, de 18 de setembro de 1987, o som era praticamente o mesmo, ou seja, Hard Rock influenciado pelo que as outras bandas do estilo faziam, mas de tendências Pop; Simmons ainda preocupado com a telona e Stanley à frente de tudo; e mulheres significando o mesmo que diversão. Algum destaque para “Crazy, Crazy Nights” e a balada “Reason To Live”.

Coliseu, Jackson, Mississipi, 13 de novembro. Ponto de partida de mais um giro pelas terras ianques após mais de um ano longe dos palcos. Com a “Crazy Nights Tour” o Kiss volta ao Japão, em abril de 1988, para cinco datas em Nagoya, Osaka, Yokohama e Tóquio – duas – finalizando-a.

Uma pequena pausa. Sem material novo suficiente a terceira coletânea tomava forma, intitulada Smashes, Thrashes & Hits. Aqui, alguns temas dos anos 80, duas inéditas, “(You Make Me) Rock Hard” e a de respeito “Let’s Put The X In Sex”, além da regravação de “Beth” na voz de Carr.

Desta vez não esperam muito para prosseguir com os shows e depois de duas datas no The Ritz de Nova Iorque, em 12 e 13 de agosto, partem para uma perna na Europa começando no lendário Marquee, em Londres, três dias mais tarde. A próxima parada é o tradicional festival inglês “Monsters Of Rock”, em Donington dia 20, ao lado de Helloween, Guns’N’Roses, Megadeth, Dave Lee Roth e Iron Maiden. Em tempo, o headliner do evento era o Maiden. Após a Alemanha, uma passada pela Hungria para uma apresentação num lugar chamado Kisstadion. Itália, França, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Noruega foram as outras sedes da turnê.

 A redenção

Com o final dos compromissos em outubro de 1988 e já que os discos não vendiam bem há alguns anos, o Kiss resolve dar uma bela parada. Simmons continuou atuando e Stanley decidiu fazer uma tour solo, com início em fevereiro do ano posterior. Para esses concertos, na bateria apareceu um sujeito que já havia tocado com Lita Ford, Black Sabbath e se preparava para lançar o debut de sua banda, o Badlands, chamado Eric Singer, cujo verdadeiro nome é Eric Mensinger (12/5/58).

Paul convida Singer para gravar umas demos para o próximo álbum do Kiss. O batera toca em duas músicas, retrabalhadas por Carr na seqüência, que entraram em Hot In The Shade. “Não me lembro quais foram utilizadas”, disse o próprio quando esteve no Brasil em maio último na coletiva para a “Kiss Expo”, realizada em Curitiba (PR) e Limeira (SP).

O nome Tommy Thayer (ex-Black’N’Blue) aparece pela primeira vez num trabalho do grupo. O guitarrista assina, ao lado de Simmons, “Betrayed” e “The Street Giveth And The Street Taketh Away”.

Hot In The Shade, então, ganha o mundo em 17 de outubro de 1989. Gene deixa a carreira cinematográfica de lado e passa a se dedicar mais ao conjunto, o que já melhora bem o resultado final, deixando a sonoridade mais Hard Rock, embora ainda influenciada pelo momento. A balada “Forever” é o primeiro Top Ten Single do conjunto em 10 anos. O clipe de “Rise To It” mostra Paul e Gene se maquiando antes de um show, momentos antes de subir ao palco. Nostalgia desde aqui.

Essa época de “vacas magras” foi definida por Stanley, para o Jornal Hoje, da Globo, em 1999, assim: “Vendemos 10 milhões de cópias nessa fase e isso seria a glória para qualquer outra banda”. Somente em 11 de março o Kiss retornaria as apresentações. Galveston, no Texas, foi o local escolhido. A turnê percorre os EUA até novembro, encerrando-se no Madison Square Garden, em Nova Iorque, no dia 9.

O ano de 1991 foi marcado pela luta de Carr contra o câncer. O baterista chegou até a se submeter a uma operação no coração para retirar um tumor. Neste mesmo tempo, o grupo precisava gravar um tema para a trilha sonora de Dois Malucos No Tempo (Bill & Ted Bogus Journey), no que foi escolhida uma música do Agent, em que Simmons e Stanley modificaram a letra, acrescentando, portanto, o número dois no título, “God Gave Rock‘N’Roll To You II”. Devido ao problema de Eric, Paul convida outro Eric, o Singer, para tocar na faixa. Com uma leve melhora no seu estado de saúde, Carr ainda faz o backing da canção e aparece no clipe, que é uma nostalgia pura, com várias imagens de shows dos tempos com as máscaras.

Eric Carr não resiste ao câncer e falece no dia 24 de novembro de 1991, numa data que pode muito bem ser considerada “a morte da música II”, já que também nela nos deixou Freddie Mercury, do Queen.

Não demorou muito e o Kiss efetiva Singer no posto, entrando em seguida em estúdio para fazer suas partes no próximo álbum. Revenge é editado em 14 de maio de 1992 e alcança a sexta posição na revista Billboard. É o disco de melhor resultado da época sem máscara em todos os sentidos. Rendendo-se ao talento para compor de Vinnie Vincent, o chamam para co-escrever três músicas, trabalhando com Simmons e Stanley em faixas que viraram hits, como “Unholy” e “I Just Wanna”, respectivamente. Outros Sucessos do play: “Domino” e “Take It Off”. Na última faixa, uma homenagem ao saudoso baterista, “Carr Jam ’81”, um antigo solo do músico.

Hora de cair na estrada, mesmo antes do álbum chegar às lojas, em São Francisco, Califórnia, em 25 de abril. Meados do mês seguinte voam para o Reino Unido, com, entre outras, duas datas no estádio de Wembley, em Londres, templo do futebol mundial. Voltam para Canadá/EUA, encerrando a “Revenge Tour” na cidade de Phoenix, Arizona, em 20 de dezembro. Para esses shows, além da pirotecnia, quando executavam “Take It Off” duas modelos seminuas subiam ao palco para desfilarem.

Eric Singer na Kiss Expo, em Limeira (SP)
Exatamente um ano e quatro dias depois do último trabalho o mundo conhecia o terceiro capítulo da saga Alive. Uma comemoração pelos 20 anos na batalha. O CD contém músicas de quase todas as fases, sendo quase metade oriunda dos anos 80. Não emplacou.

Neste ano realizam somente três aparições “on stage”. Não ocorreu bem uma turnê de divulgação de Alive III, e sim alguns concertos, como no Brasil, data única desta vez, no Pacaembu, em São Paulo, em 27 de agosto de 1994, no “Philips Monster Of Rock”, ao lado de Angra, Viper, Raimundos, Dr. Sin, Suicidal Tendencies, Black Sabbath e Slayer. Neste dia, uma parcela do público reclamou a não inclusão do clássico “Rock’N’Roll All Nite” no set list. Porém, bastante coisa antiga se fez presente. Nesta vinda para a América do Sul ainda carimbam o passaporte no Chile e na Argentina.


Ainda no segundo semestre desse ano, o Kiss produz para si mesmo um tributo escolhendo as bandas participantes e as músicas. Em Kiss My Ass podemos ouvir Mighty Mighty Bosstones fazendo “Detroit Rock City”, Extreme com “Strutter”, Garth Brooks tocando “Hard Luck Woman” e Anthrax coverizando “She”, entre outros nomes surpreendentes.

 Sujou de novo?

Tudo tem um princípio. Partindo dessa premissa, pode-se começar a desenhar a reunião da formação original a partir de 1995. Senão vejamos. Dia 17 de junho foi o ponto de partida da “Kiss First Worldwide Convention”, em Los Angeles, como o nome entrega, a primeira convenção com a participação da banda toda. Na turnê, os quatro se apresentam munidos de violões e sem um repertório pré-definido, atendendo assim aos pedidos dos fãs. Voltando especificamente na de Los Angeles, uma ilustre surpresa foi a presença de Peter Criss no local. O antigo batera foi convidado a participar e cantou “Hard Luck Woman”. Não precisa dizer que após rodar os EUA em 23 dias o sucesso foi absoluto.

Curiosamente, no ano anterior, Simmons havia declarado que o Kiss não tinha nenhuma intenção de tocar novamente com Criss e Frehley e que estavam muito bem com o, então, line-up. Entretanto, no curso de um ano, o inevitável convite da MTV para um acústico ocorre e no dia 9 de agosto, no Sony Studios, em Nova Iorque, a banda grava seu programa especial para a emissora. E como era tudo festa, porque não convidar Frehley e Criss para participar? Os dois tocam nas quatro últimas, sendo que Peter escolheu cantar “Beth” enquanto que Ace fez as vezes de vocalista no cover dos Rolling Stones, “2000 Man”, sem a presença de Kulick e Singer. Com a volta de Bruce e Eric para os dois números finais, pela primeira vez o grupo estava com seis integrantes. “Rock’N’Roll All Nite” foi cantada pelos quatro membros originais. Tommy Thayer foi o “production coordinators”.

Problemas entre o canal musical e a banda fizeram com que o MTV Unplugged fosse lançado somente no ano posterior. Nesta época, o conjunto viu um lançamento seu também nas livrarias, o livro Kisstory. Autobiografia contada e autografada pelos próprios.

No Grammy, prêmio musical equivalente ao Oscar, em fevereiro de 1996, o Kiss foi convidado a participar. Porém, não estava nos planos uma aparição da formação original devidamente trajada, como na década de 70. Aí não havia mais como fugir e na coletiva agendada para abril o anúncio oficial da reunião do Kiss com Peter, Ace, Paul e Gene maquiados, prontos para uma turnê, é feito. O palco usado foi inspirado na “Love Gun Tour”. Com essa volta, tempos depois se confirmou a saída de Kulick e Singer.

Como a “Reunion Tour” inicialmente não divulgaria nada, a gravadora resolveu, segundo os líderes da banda, que seria uma boa idéia lançar um álbum. Assim, You Want The Best, You Got The Best saiu em 25 de junho. No CD, quatro músicas de cada um dos dois primeiros Alive e mais quatro “inéditas”, que não entraram nos respectivos duplos, além de uma entrevista com os quatro. Seguindo a tradição, este disco possui inúmeros “concertos”.

Tiger Stadium, Detroit – não por acaso, “Detroit Rock City”, lembra? – foi o local escolhido para o pontapé inicial, três dias depois de You Want The Best... chegar à praça. Ali foi gravado o clipe para “Shout It Out Loud”, o primeiro após o retorno com as máscaras. Dessa vez o “Monsters Of Rock” inglês, em 17 de agosto, coloca o Kiss como atração principal. No restante do cast do festival, nomes como Ozzy Osbourne e Sepultura.

Todos os continentes, por volta de dois milhões de pessoas, viram o Kiss em cerca de 250 apresentações, até julho de 1997. Quanto ao Brasil, bem, nosso país teve que se contentar com a alegria dos hermanos argentinos e chilenos que tiveram o privilégio de vê-los, com o Pantera servindo de banda de abertura. Porém, antes do findar da turnê, a Mercury exigia mais um álbum, o que era inviável por razões óbvias e, também por razões óbvias, selecionam vários clássicos da época de ouro e soltam em 18 de abril Greatest Hits. Nada novo.

Em outubro, já pensando no que fazer dali em diante, decidem liberar Carnival Of Souls: The Final Sessions, álbum gravado, e renegado pela banda, ainda com Kulick e Singer. Na coletiva para a “Kiss Expo”, Eric disse que “Gene, Paul, Bruce e eu estávamos ouvindo muito Alice In Chains, Stone Temple Pilots e Soundgarden, o que rolava na época, e nos deixamos influenciar. Só que não ficou bom”. Apenas Eric e Bruce gravaram os instrumentos devido a Gene e Paul estarem totalmente voltados para a “Reunion Tour”. É Grunge puro. “Acho que ele não é ruim, mas não é um disco do Kiss”, completa Singer. Detalhe: Thayer, produtor executivo em You Want The Best… e Greatest Hits, co-assina “Childhood’s End” ao lado de Kulick e Simmons.

Como o CD ficou arquivado durante um bom tempo, um pirata intitulado Head, com alguns títulos de músicas diferentes e três faixas a menos, chegou ao conhecimento dos fãs por conta de uma fita roubada. Com o Kiss novamente no topo, algo que eles próprios nem pensavam no começo aconteceu: compor um disco novo, após tantos anos. Entre especulações, enfim chega 18 de setembro de 1998 e com ele Psycho Circus. O batera Kevin Valentine (ex-Cinderella), amigo pessoal de Singer e indicado por ele, gravou todas as músicas, menos “Into The Void”, registrada por Criss. Talvez um pedido do próprio compositor, e cantor na faixa, Frehley. Também participaram das gravações Bruce Kulick e Tommy Thayer. Ou seja, o quarteto pouco tocou na bolacha.

Singer, qual você lê?

            O álbum alcança disco de ouro pouco depois do lançamento. O CD também quebra o recorde de Love Gun e atinge a terceira posição nas paradas. “Psycho Circus” instantaneamente vira clássico. “You Wanted The Best” pela primeira vez registra os quatro cantando juntos. Vale conferir igualmente “I Pledge Allegiance To The State Of Rock & Roll”, enquanto que a baladinha cantada por Criss, “I Finally Found My Way”, não alcança bons resultados. Ou seja, tudo que os quatro já fizeram juntos pode-se dizer que está aqui novamente.

            Dessa vez não escapam de um processo de plágio. “Dreamin’”, assinada por Stanley/Kulick, é encarada como “chupada” de “I’m 18”, de Alice Cooper, segundo a Six Palms Music Corp., a editora que detém os direitos da música. Mas, não deu em nada.

Neste mesmo período, lançam a segunda versão da Kisstory, uma nova HQ, Psycho Circus, nome também de um jogo para PC, além de uma série de produtos. Até caixão com o logotipo Kiss criaram.

A turnê iniciou-se no dia de Halloween, 31 de outubro, em Los Angeles. Porém, na data anterior eles aparecem na série de TV Millenium tocando a faixa-título. A mesma passaria pelo Brasil em Porto Alegre, 15 de abril de 1999, e em São Paulo, 17. Além de toda a pirotecnia tradicional, usam efeitos em 3D. Provando toda sua influência, nesse dia, a rádio paulistana Brasil 2000 FM rola Kiss do meio-dia à meia noite, sem parar.

Neste ano chega ao cinema o segundo filme do grupo, Detroit Rock City, que conta a história de quatro fãs que fazem de tudo para ver um show do Kiss. Gravam “Nothing Can Keep Me From You” para a trilha sonora que só não vira clipe porque a película não obteve o sucesso desejado.

Outro fato inusitado foi a edição de março de 1999 da revista Playboy norte-americana trazer Gene Simmons na capa acompanhando jovens usando apenas a maquiagem da banda.

Em junho, Frehley, ao vivo para uma rádio de Nova Iorque, anuncia que a formação mascarada acabaria. Muito sufoco para desmenti-lo. A verdade é que em março de 2000 eles dão a largada à “Farewell Tour”, a dita de despedida com o lançamento de Alive IV, contendo músicas dos anos 80 no set list. A turnê acabou, a banda não e o álbum não saiu.

            Shows marcados para Austrália e Japão em março e abril de 2001. Porém em janeiro Criss não concorda com os valores da renovação de seu contrato e abandona o barco. Para seu lugar veio Eric Singer, usando inclusive a máscara de gato. Ano passado foi a vez de Frehley deixar o quarteto. Agora a revelação do porquê de tantas vezes o nome Tommy Thayer aparecer neste texto: ele assumiu a guitarra e a máscara de Ace.

        Quase todo conjunto importante possui uma caixa. Assim Kiss: The Box Set foi lançado em novembro de 2001, contendo cinco CDs e um livro de 120 páginas, abocanhando disco de ouro.

Stanley, Simmons e Singer gravam “Do You Remember Rock’N’Roll Radio” para o tributo ao Ramones, We’re A Happy Family. “Eu também fiquei muito surpreso com isso, pois Gene e Paul não são fãs de Ramones. Como bandas grandes participariam, como Red Hot Chili Peppers, Metallica, eles acharam que poderia ser legal se participássemos também”, afirmou Singer na “Kiss Expo”. O disco foi editado este ano.

O contrato com a Mercury previa mais um trabalho, assim, no segundo semestre, chega às prateleiras The Very Best Of. Nada a acrescentar. O conjunto deixa a gravadora.

Criss reassumiu as baquetas e tocou, em 28 de fevereiro deste ano, na Austrália, no show com a Orquestra Sinfônica de Melbourne, que contou com 60 músicos usando a maquiagem da banda. Essa apresentação virou o CD The Kiss Symphony: Alive IV e um DVD. Este play marca a estréia do selo do próprio grupo, Kiss Rec., parceria com a Sanctuary. No Brasil, após um relativo atraso a BMG o lançou.

            Paralelamente a esse duplo ao vivo, a Mercury solta outra compilação, 20th Century Master, em maio. A partir de agosto, nova turnê, agora abrindo para o Aerosmith. Enquanto isso, Gene Simmons, Paul Stanley e Peter Criss planejam álbuns solos. Ufa, como 30 anos passam depressa.

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