American India Pale Ale
Para uma banda estadunidense, harmonização por conta de uma breja característica daqueles lados. Quem acompanha o SP&BC há tempos já percebeu essa regra e esta aqui faz todo o sentido.
Um estilo mais lupulado, em comparação com uma EPA, com notas florais, frutadas e cítricas parecem corroborar com a inspiração de Jon Schaffer, guitarrista, tecladista, líder e principal compositor do Iced Earth, para Incorruptible (Hellion Rec., Nac.).
É, com certeza, um dos mais significativos trabalhos do quarteto. Nada que vá revolucionar o mundo do heavy metal, longe disse. No entanto, a maneira como Schaffer conduz a banda - ele manda, desmanda, contrata, despede, enfim - querendo ou não, apresenta resultado.
Diga lá, qual música instrumental é capaz de fazer você se dar conta de que ela não contém voz só lá pela terceira ouvida? Isso porque é uma faixa de seis minutos. Ghost dance (Awaken the ancestors) é a dita cuja.
Outros destaques que posso citar: Black fag, Raven wing, a pesadona Seven headed whore, The veil e Brothers. Porém todas as 10 do track list são marcadas pelos riffs singulares e cavalgados de Schaffer.
Para quem acha que o ápice aconteceu com o não menos empolgante The glorius burden (2.004), à época cantado por Tim "Ripper" Owens (ex-Judas Priest), disco conceitual sobre a história dos Estados Unidos, aqui temos a épica Clear the way (december 13th, 1862) e seus nove minutos.
Neste ano, apesar de todos os problemas com a distribuição de música, internet etc., foram editados muitos bons álbuns, alguns resenhados aqui e outros na fila, e ainda há pessoas que acreditam que o rock, hard/heavy, morreu. Vai nessa.
O time de Schaffer
Jon Schaffer tem a fama de trocar os músicos do Iced Earth quase que como troca de roupa. Exageros à parte, o baterista, Brent Smedley, faz sua estreia, assim como o guitarrista Jake Dreyer, que deu uma força nas seis cordas.
Completam a formação Stu Block, com um ótimo trabalho nos vocais, Brent Smedley, bateria e percussão, e Luke Appleton, baixo.
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