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Lá se vão 12 anos desde aquele 18 de fevereiro de 2.006, data em que os Rolling Stones tocaram para mais de um milhão de pessoas na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O show fazia parte da turnê do álbum A bigger bang, lançado no ano anterior. O texto foi publicado na minha coluna no Jornal A Gazeta, de Aguaí (SP). Problemas a parte, achei válido pela nostalgia. A maior fábrica de cerveja do Brasil produziu um lata para celebrar a data, que eu guardo com maior carinho. Segue na íntegra.
Artigo
Isso mesmo, se você pensa que o que
vai ler a seguir é tão somente o que você viu e ouviu na sua TV no sábado está
redondamente enganado. A partir de agora, uma cobertura diferente, de quem
estava lá, em pessoa, no evento. Tanto lá que um dos momentos mais engraçados
foi ver um “fã” cantando algo como “chout it upi” (sic). Foi, sem
dúvida, o momento mais engraçado na volta para o hotel.
Toda a movimentação
começou no dia do show, dia 18, bem de manhã, com os cambistas vendendo de tudo,
desde as tradicionais camisetas até chaveiros “beijados pelo próprio Mick
Jackson (sic)”. O curioso é que eu imaginei que a cerveja estaria em um preço
absurdo, o que não ocorreu. Talvez devido ao imenso número da “concorrência”.
No domingo, por exemplo, havia um ambulante reclamando de que existiam mais
vendedores do que público. Exageros à parte, não entramos no mérito da questão.
Para provar que rock não tem nada de simpatia para o diabo, até um
frei, Francisco Alves Barbosa, da Igreja Nossa Senhora de Santana, popularmente
conhecido como Frei Chiquinho, de 73 anos, foi buscar sua entrada vip e
abençoou o local. Ele se diz admirador do grupo.
O palco desenhado especialmente para aquela noite |
Inusitado foi o Drink Jagger, com gim Bombay, tônica, “cherry brandy” e
suco de limão, coisa de um hotel da Av. Atlântica. Ah sim, e teve também a Pizza
dos Rolling Stones que dava direito, inclusive, à língua característica
desenhada com morangos, licor de cereja, calda de chocolate e avelã. E não para
por aí, não. A criatividade rolou solta por lá. Coisas unicamente para o
referido fim de semana.
Faixas eram várias. E como nessa hora o que vale é chamar a atenção,
dois amigos de Araraquara escreveram: “Fora Lula. Mick Jagger para presidente.”
Isso sem falar nos clones do cantor britânico. E devido ao grande número de
gringos, também pude exercitar meu inglês, principalmente com um casal escocês
que acha que sua seleção de futebol é muito ruim (não diga).
O palco, de altura igual ao de um prédio de sete andares, com 60 metros
de largura, 30 de profundidade e feito exclusivamente para o Brasil deixou os
carnavalescos fluminenses impressionados, já que ele foi inspirado em nosso
país tropical. Uma boa forma de tornar o DVD mais atrativo.
E se o maior show de rock da história foi realizado em uma praia, por
que não assisti-lo em alto-mar? Em torno de 200 embarcações se estabeleceram no
oceano para acompanhar as pedras rolando no palco. Não importava como, e sim a
satisfação com que todos foram embora para suas casas. Sem mais palavras.
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