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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

Stones no Rio, não apenas uma simples resenha




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Lá se vão 12 anos desde aquele 18 de fevereiro de 2.006, data em que os Rolling Stones tocaram para mais de um milhão de pessoas na praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. O show fazia parte da turnê do álbum A bigger bang, lançado no ano anterior. O texto foi publicado na minha coluna no Jornal A Gazeta, de Aguaí (SP). Problemas a parte, achei válido pela nostalgia. A maior fábrica de cerveja do Brasil produziu um lata  para celebrar a data, que eu guardo com maior carinho. Segue na íntegra.

Artigo


Isso mesmo, se você pensa que o que vai ler a seguir é tão somente o que você viu e ouviu na sua TV no sábado está redondamente enganado. A partir de agora, uma cobertura diferente, de quem estava lá, em pessoa, no evento. Tanto lá que um dos momentos mais engraçados foi ver um “fã” cantando algo como “chout it upi” (sic). Foi, sem dúvida, o momento mais engraçado na volta para o hotel.
Toda a movimentação começou no dia do show, dia 18, bem de manhã, com os cambistas vendendo de tudo, desde as tradicionais camisetas até chaveiros “beijados pelo próprio Mick Jackson (sic)”. O curioso é que eu imaginei que a cerveja estaria em um preço absurdo, o que não ocorreu. Talvez devido ao imenso número da “concorrência”. No domingo, por exemplo, havia um ambulante reclamando de que existiam mais vendedores do que público. Exageros à parte, não entramos no mérito da questão.
Para provar que rock não tem nada de simpatia para o diabo, até um frei, Francisco Alves Barbosa, da Igreja Nossa Senhora de Santana, popularmente conhecido como Frei Chiquinho, de 73 anos, foi buscar sua entrada vip e abençoou o local. Ele se diz admirador do grupo.
O palco desenhado especialmente para aquela noite
Para a segurança foram escalados mais de seis mil policiais, sendo só para Copacabana pouco mais de dois mil. Segundo o jornal carioca O Globo, a Polícia Militar estimou 1,2 milhão de pessoas na praia. Os Stones aumentaram o movimento financeiro da cidade em 30%, em relação ao ano passado.
Inusitado foi o Drink Jagger, com gim Bombay, tônica, “cherry brandy” e suco de limão, coisa de um hotel da Av. Atlântica. Ah sim, e teve também a Pizza dos Rolling Stones que dava direito, inclusive, à língua característica desenhada com morangos, licor de cereja, calda de chocolate e avelã. E não para por aí, não. A criatividade rolou solta por lá. Coisas unicamente para o referido fim de semana.
Faixas eram várias. E como nessa hora o que vale é chamar a atenção, dois amigos de Araraquara escreveram: “Fora Lula. Mick Jagger para presidente.” Isso sem falar nos clones do cantor britânico. E devido ao grande número de gringos, também pude exercitar meu inglês, principalmente com um casal escocês que acha que sua seleção de futebol é muito ruim (não diga).
O palco, de altura igual ao de um prédio de sete andares, com 60 metros de largura, 30 de profundidade e feito exclusivamente para o Brasil deixou os carnavalescos fluminenses impressionados, já que ele foi inspirado em nosso país tropical. Uma boa forma de tornar o DVD mais atrativo.
E se o maior show de rock da história foi realizado em uma praia, por que não assisti-lo em alto-mar? Em torno de 200 embarcações se estabeleceram no oceano para acompanhar as pedras rolando no palco. Não importava como, e sim a satisfação com que todos foram embora para suas casas. Sem mais palavras.

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