Pesquisar este blog

sábado, 7 de março de 2020

10, 20, 30... Hoje: Ozzy não combina com aposentadoria

Catharina Sour

E não é que o Madman soltou um disco novo, intitulado Ordinary man. E, além de ser 10 anos após o anterior, o petardo ainda por cima é bom! Sendo assim, aquela vasculhada básica na discografia de Ozzy Osbourne para colocar aqui seus lançamentos com 10, 20, 30 anos de história. Mas isso vem na sequência.

Talvez a Catharina Sour, reconhecido como o primeiro estilo de cerveja genuinamente brasileiro, fosse mais adequado ao som da primeira banda do cantor inglês, o Black Sabbath. Entretanto, ao fazer essa degustação conclui-se que a breja combina com esses lançamentos, principalmente os dois últimos.

Dois singles precederam Ordinary Man, Straight to hell e Under the graveyard. A primeira causou certa polêmica pela sua letra, principalmente pelo trecho "I'll make you defecate". Sinceramente, para quem achou achou estranho, você sabia que estava ouvindo rock?

Voltando ao que interessa, mais uma vez Zakk Wylde, por questões de agenda e oportunidade, não tocou no álbum, ficando a guitarra, e a produção, a cargo de Andrew Watt. Duff McKagn (baixo, Guns'n'Roses) e Chad Smith (bateria, Red Hot Chili Pepers) completam a formação, digamos fixa. Porque há uma pá de convidados. Sente só alguns deles: Slash, Elton John, que aparece em um dueto na bela faixa título, Tom Morello e muitos outros.

Já a produção tem um quê daquele tipo de que eu não sou muito fã - leia o review de Scream - e um certo exagero nas passagens calmas - baladas - como na fase Ozzmosis (1.995), embora em menor grau. Como bônus há a participação do rapper estadunidense Post Malone que deveria ser apagada da história de tão nada a ver. Sério, destoa demais, mas como é no fim mesmo.

Por outro lado a voz de Ozzy continua a mesma. E além das três faixas citadas, também destaco All my life, Goodbye, Scary little green man e Eat me Apesar dessa pisada na bola no fim, é um dos grandes lançamentos deste início de ano, com certeza!


Scream

Para a seção do SP&BC "10, 20, 30...", quando envolve um novo álbum a ordem dos discos  que aparecem no blog é invertida. Dessa forma, hora de falar de Scream, lançado há 10 anos, o antecessor de Ordinary manCurioso, não? O último e o penúltimo aqui...

O décimo primeiro trabalho de estúdio de Ozzy atingiu o quarto lugar na Billboard 200 nos Estados Unidos e o 12º posto nos charts ingleses. Contudo, isso não foi suficiente para que ele não fosse considerado uma decepção comercial, pelo menos em relação aos títulos anteriores.

A partir de 1.995, com Ozzmosis, o vocalista começou a flertar com uma produção mais moderna, influenciado pelo pessoal do new metal. Isso deixou o som um pouco diferente do seu habitual e mais pesado. 

Nada contra, claro, afinal, não se deve ficar gravando sempre o mesmo álbum, naturalmente. Mas apesar de ainda contar com grandes canções, característica peculiar do que leva sua assinatura, ao mesmo tempo as faixas se tornam enjoativas. Do tipo "não consigo ouvir duas vezes seguidas", ou algo assim.

A guitarra ficou a cargo Gus G., mais conhecido pelo seu trabalho no Dream Evil. Rob Nicholson tocou baixo, enquanto que Adam Wakeman, filho de Rick Waleman, do Yes, se encarregou dos teclados e Tommy Clufetos da bateria.

Não é um disco ruim, longe disso, tanto que Let me him you scream alcançou o primeiro lugar na parada, apenas a segunda faixa do Príncipe das Trevas a obter tal feito. Gosto muito do CD, porém não é o meu favorito.




OZZY OSBOURNE
Blizzard of Ozz
(1980)

Agora mais um dos arquivos pessoais. O texto foi originalmente publicado na revista Valhalla #44, capa do Motorhead, na seção "Classics", e é sobre o clássico debut da carreira solo do artista editado há 40 anos. A respeito da treta citada no fim, aparentemente está resolvida.

Lá se vão onze anos da última apresentação do Madman em terras brasileiras (N. do R.: texto de 2.006). Quem estava lá conferiu ao vivo clássicos eternos do metal como I don’t know, Crazy train e Mr. Crowley, entre outros. Aliás, show dele sem essas três não é show de Ozzy Osbourne! E elas fazem parte de um mesmo disco, o Blizzard of Ozz que, finalmente, dá as caras em “Classics”. Este vinil foi o primeiro trampo solo de Ozzy, recém-saído do Black Sabbath. Bem, acredito que todos saibam de cor toda essa história, assim, vamos nos ater apenas ao LP em si. Acompanhavam o vocalista nesta tarefa o baixista Bob Daisley (ex-Rainbow, Black Sabbath e uma infinidade de outros), o baterista Lee Kerslake (ex-Uriah Heep) e o guitarrista Randy Roads (ex-Quiet Riot), morto em um acidente em 1982 e que causa muita emoção no cantor até hoje. Don Airey (ex-uma pancada de gente e atual Deep Purple) foi quem gravou aquele teclado que ficou marcado na introdução de Mr. Crowley, uma homenagem a Aleister Crowley, conhecido como a besta em pessoa. Todas as faixas são extremamente fantásticas! Além das já citadas, ainda temos Goodbye to romance e Suicide Solution – esta causou uma tremenda dor de cabeça quando garotos estadunidenses se mataram enquanto a ouviam nos anos 1.980 – que completam o time das inesquecíveis. No bone movies, Revelation e Steal away não ficam atrás! Infelizmente, em 2.002, a esposa/empresária Sharon Osbourne mandou apagar os baixo e bateria originais e substituir as partes de Daisley e Kerslake pelos instrumentos de Robert Trujillo (atual Metallica) e Mike Bordin (ex-Faith No More), respectivamente, integrantes da banda do marido à época, e relançou o álbum em CD. Sem falar que Daisley é co-autor – ele alega ser o verdadeiro letrista – de todos os temas. Independente do transtorno que eles poderiam estar dando à família, segundo a própria Sharon, nada justifica tal ato. Por essas e outras que não troco minha cópia em Long Play por nada desse mundo! (VA)

Nenhum comentário:

Postar um comentário