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domingo, 29 de março de 2020

RedCor: a aposta em cervejas fortes

Quem pedir provinha toma essa porretada

Cervejaria paranaense se inspira no hardcore para produzir suas receitas


No Festival Brasileiro da Cerveja, na segunda quinzena de março, em Blumenau, fiz três entrevistas para o SP&BC que começam a aparecer neste endereço agora. A primeira é sobre a RedCor, de Maringá (PR), que, como entrega o nome, tem muito de hardcore em seu conceito. 

Aliás, isso é o diferencial da cerveja artesanal. Não é simplesmente abrir uma empresa, aplicar receitas e sair vendendo. Há todo uma ideia, uma inspiração e uma determinada linha a seguir. Essa é a marca que o blog leva, apresentar toda essa originalidade aos amantes da bebida que mais combina com o rock.

"A RedCor nasceu em 2.015 de um sonho de dois bobos que não aguentavam mais tomar qualquer cerveja", apresenta Diego Zaparolli (FOTO) na exclusiva ao SP&BC, que ao lado de David Redmerski Junior proclamam a cervejaria como viking. 

O nome surgiu da inspiração "em cervejas extremas como American Ipa, Double Black Rye Ipa, que se baseiam na música que escutamos, no rock and roll, na pancadaria mesmo", define Zaparolli. "Uma cerveja sem conversa fiada, é pegada, é alcoolica, é amarga", completa lembrando de toda a intensidade do punk.

O começo sempre é difícil e para eles não foi diferente. O profssional comenta que fizeram algumas parcerias, como uma cervejaria cigana, que não tem sua própria fábrica. "Chegamos a produzir na Cervejaria Araucária. Ganhamos alguns prêmios nesse período com a nossa Rye Que o Parta, que é uma Double Black Rye Ipa". Cerca de um ano após a fundação, a RedCor chegou a ser produzida na Cerveja Blumenau, sediada, naturalmente, na capital nacional das brejas. "Agora em 2.020 demos um start em nossas instalações próprias", comemora.
Stand no Festival da Cerveja

O principal rótulo do portfólio da empresa é a já citada Rye Que o Parta. Ela acumula oito medalhas em concursos tanto no Brasil quanto no exterior. Desses, podemos destacar a medalha de ouro no Concurso Brasileiro da Cerveja, de 2.016, na categoria Rye Beer, além do bronze na classificação geral. "Quem ainda não nos conhece indico tomar a Rye Que o Parta" sugere como porta de entrada. "É pancada, uma baita cerveja, tem 100 IBU, quase o nível máximo de amargor, 7% álcool".

Por falar em pancada, e esse bastão? "Trouxemos para nosso stand um porrete cheio de pregos e nele está escrito Provinha. Se você pedir provinha vai levar uma porretada, pois essa é nossa pegada, da nossa cervejaria mesmo". Ok, então. Eu nem quis saber de provinha e já tomei mesmo a Rye Que o Parta e achei sensacional!

Falando nisso, qual banda seria legal para colocar no volume máximo enquanto se aprecia essa, ou qualquer outra da carta de opções da RedCor? "Eu gosto muito de Lynyrd Skynyrd, de tomar a cerveja relaxado, tranquilo, escutando essa banda". Olha só, pensei em algo mais pesado como um Agnostic Front, por exemplo. "Também serve (risos), é que eu gosto desse estilo de rock, mas é uma puta banda. É sensacional também".

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