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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Ataques paranormais de Alice Cooper

(Reprodução)

AMERICAN PALE ALE


O som do estadunidense Alice Cooper harmoniza melhor com uma cerveja do estilo criado nas terras do Tio Sam. Não que ele produza canções estereotipadas ou coisas do tipo, nada disso. Estamos falando de um artista já com quase 70 anos de idade e com uma discografia de aproximadamente 30 títulos - 27, mais precisamente - e que, tirando algumas escorregadas nos anos 1980, sempre primou pela qualidade.

E uma APA faz todo o sentido, afinal por ser mais amarga e alcoólica nos deixa ainda mais atentos a perceber todas as variáveis de Paranormal (Shinigami Rec./Ear MusicNac.), novo álbum da Tia Alice - como carinhosamente é chamado pelos fãs - lançado no final de julho. É o primeiro desde 2.011 quando lançou Welcome 2 my nightmare.

O hard rock pesado que dominou suas composições entre o fim da década de 1980 e começo da de 2000 é coisa do passado. Este está mais para The eyes of Alice Cooper (2.003) com algumas influências do rock feito nos seus discos do anos 1970. As dramáticas letras são sobre diversos níveis de desencontros da mente humana.

Segundo o portal Info Escola.com, paranoias "consiste em uma psicose caracterizada pelo desenvolvimento de um pensamento delirante crônico, lúcido e sistemático, provido de uma lógica interna própria, sem apresentar alucinações".

No disco são 12 músicas de rock'n'roll.  Simples, assim. E não precisa mais que isso para atingir resultados ótimos como o do primeiro single Paranoiac Personality, a única daqui executada no festival Wacken, na Alemanha, transmitido para o mundo todo pela Internet. O que não quer dizer que essa seja a melhor, pois todas carregam o padrão AC de qualidade.

Outra característica mantida neste trabalho são as participações de outros nomes da música. Na faixa-título, por exemplo, quem dá as caras é Roger Glover, baixista do Deep Purple. Em Fallen in love, o guitarrista do ZZ Top, Billy Gibbons, comanda as seis cordas. Larry Mullen, do U2, gravou a maior parte das baterias do CD. Além, claro, da banda que o acompanha ao vivo, como o trio de guitarras Ryan Roxie, Nita Strauss e Tommy Henriksen, o baterista Glen Sobel e o baixista Chuck Garric.

Fechando o assunto convidados, o melhor ficou para as duas últimas do track list, Genuine american girlYou and all of your friends, registradas pelo Alice Cooper Group: Michael Bruce (guitarra), Denis Danaway (baixo) e Neal Smith (bateria) - Glen Buxton faleceu em 1997.

Como bônus, seis clássicos registrados em Columbus, Ohio, Estados Unidos, em 2.016. No singles, há o registro de I'm Eighteen, gravada em Dallas. Se vai se tornar um clássico o tempo dirá. No entanto, aposto que Paranormal figurará entre os principais epítetos da extensa discografia de Alice Cooper. Que continue assim!

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