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terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Três vocalistas em quatro décadas de Van Halen

Quadrupel


No próximo dia 10 de fevereiro completam-se 40 anos de uma das estreias mais sensacionais de toda a história da música, não só do rock. Lógico que falamos do Van Halen. E nada melhor que a harmonização com uma cerveja elegante e de uma fábrica holandesa, mesma nacionalidade dos irmãos Alex (bateria) e Eddie van Halen (guitarra) - a família se mudou para os EUA quando ainda eram crianças. Aliás, o mago das seis cordas fez aniversário no último dia 26 de janeiro. Então, com a data dessa publicação ficamos mais ou menos entre um evento e outro.

A La Trappe é produzida sob a supervisão de monges trapistas e sua história merece ser conhecida. Uma das melhores brejas que existem, pode confiar. É fácil de beber, então, apenas tenha um pouco de cuidado, pois o teor alcoólico é 10%.

Curiosamente, os três álbuns comentados aqui contam cada um com um vocalista diferente. No já citado debut auto-intitulado, David Lee Roth segurava o microfone. Em Ou812, de 1.988, a tarefa estava com Sammy Hagar (ex-Montrose). E Gary Cherone (ex-Extreme) cantava em VH III, de 1.998. O último disco do Van Halen saiu em 2.012, A diferent kind of truth e contou com a volta de Roth, em carreira solo, embora a formação original já não era a mesma, pois o baixista Michael Anthony cedera seu lugar ao filho de Eddie, Wolfgang.

Van Halen


Formado em 1.976 e, em seguida, apadrinhados por Gene Simmons, do Kiss, que os ajudou em um contrato com a Warner, o grupo levou apenas três semanas para gravar Van Halen, o disco, em setembro do ano seguinte. No entanto, o petardo ganhou a luz do dia somente em fevereiro de 1.978.  A repercussão positiva foi imediata. Considerado até hoje como um dos trabalhos mais influentes de todos os tempos, vendeu mais de 10 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos, o que valeu o Disco de Diamante. Durante a audição constata-se naturalmente todo o talento dos músicos, mas Eddie acaba se destacando como um dos maiores do seu instrumento - ouça Eruption - citado por 9 entre 10 guitarristas como influência. E a "malandragem" de Roth? A cozinha perfeita de Alex e Anthony, então? Com direito a um cover matador do The Kinks, You really got me, lançado como primeiro single no dia 29 de janeiro, o álbum ainda traz outras pérolas do hard rock como Runnin' with the devil, Ain't talking about love, Jamie's crying, enfim, não há faixa ruim. Irretocável!

Ou812


O oitavo LP de estúdio do Van Halen significava também o segundo com Sammy Hagar nos vocais. Também foi bem nas paradas alcançando a primeira posição na Billboard 200, conseguindo a quadrupla Platina nos EUA. É um bom disco, sem dúvida, com hits como When it's love, Black and blue, ambas atingiram o primeiro lugar na Mainstream Rock Tracks, e Feel's so good. Cabo Wabo, uma baladinha com cara de praia (?), ainda inspirou Hagar a nomear seu bar, no México. No entanto não era mais a mesma banda de outrora. Excesso de teclados e composições mais pop aproximaram o Van Halen do AOR, aquele rock de arena, bastante comum nos anos 1.980. Nenhum problema quanto a isso, diga-se, mas que faltava punch, ah isso faltava.

Van Halen III


Não tem jeito, é complicado encontrar quem defenda esse álbum. E o SP&BC tem por princípio não falar mal de trabalho algum. Editado em 17 de março de 1.998, VH III apresenta o terceiro vocalista, Gary Cherone, e tinha tudo para decolar novamente. O primeiro single, Whitout you, é até legal e o CD alcançou a quarta posição na Billboard 200. Porém os fãs não compraram a ideia e as vendas baixas - o primeiro a não atingir a casa do milhão nos EUA - causaram o fim prematura dessa formação. Uma pena, afinal Cherone, hoje de volta à sua antiga banda, o Extreme, até fez um bom trabalho e sua voz combinou bem com as guitarras de Eddie. Não é sempre que se acerta, Van Halen III é uma prova disso.

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