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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Europe hoje e há 30 anos: quanta diferença


Dry Stout


A Suécia não tem muita tradição em cerveja, pelo menos não fora da Escandinávia. O governo também dificulta o consumo e elas são bem caras, inclusive para eles. Assim, a escolha recai sobre as "n" outras opções existentes, certo? Dessa forma, me parece natural que uma do grupo das Stout, no caso a Dry, amarga, seca e escura, lembrando o café, seja a escolhida para acompanhar o novo álbum do Europe, Walk the Earth (Hell & Back Rec., Imp).

Mas uma banda de hard rock "farofa" acompanhada de uma Stout é um absurdo, podem pensar os detratores. Primeiramente precisamos levar em consideração de que desde a volta, com o ótimo Start from the dark (2.004) que o quinteto sueco não é exatamente a mesma banda dos tempo de The final countdown (1.986). Ponto para eles.

Walk the Earth, o décimo primeiro disco de estúdio, acaba sendo uma sequencia natural do que lançaram desde então. É um disco pesado, ainda que dentro do estilo deles, embora não tão dark quanto o já citado Start, mas ainda assim apresenta um tom levemente carregando em algumas passagens.

Gravado no Abbey Road Studios, em Londres, com produção de Dave Cobb, o play conta com um track list variado no que se refere a temas. GTO fala do amor pela estrada.  Wolves é sobre política, enquanto que Election day e United Kingdom abordam democracia.

Não se assuste ao ouvir a última, Turn to dust, pois ela acaba de repente mesmo, fazendo você checar se não aconteceu alguma coisa com seu aparelho. Não vai mudar os rumos do rock, nem é o melhor da discografia, contudo é mais um bom CD, que corrobora com o fato de esses músicos não ficam se escondendo atrás do sucesso dos anos 1.980 e seguem em frente, como deve ser, aliás.

Novidades

A formação é a clássica, ou seja, o vocalista Joey Tempest, o guitarrista John Norum, o baixista John Levén, o tecladista Mic Michaeli e o baterista Ian Haugland.

E como uma novidade sempre é bom, apesar deste álbum ser do fim de 2.017, a resenha está saindo neste ano, ok? Portanto, em uma viagem no tempo, encontramos Out of this world, editado em 1.988. Tanto em 1.998, quando o grupo estava inativo, como em 2.008, não há registros do Europe.

Out of this world

Lembro que quando comecei a ouvir rock, o clássico The final countdown tocou muito no meu toca-fitas. Haja vista que o K7 não aguentou. Pouco tempo depois de chegar ao Brasil Out of this world, um amigo já o comprara e de cara já estranhamos que a formação apresentava uma diferença. Norum cedia seu lugar a Kee Marcello no comando das seis cordas. Essa alteração, entretanto, ocorrera em meio à turnê de The final... devido às famigeradas diferenças musicais.

Apesar do sucesso - chegou ao Top 20 da Billboard 200 -, atingir o mesmo nível do antecessor era quase impossível.  O hard rock agora era mais voltado ao teclado, tendendo mais para o AOR, algo iniciado anteriormente. Mesmo assim, faixas como Superstitious, Open your heart (uma regravação do segundo LP, Wings of tomorrow, de 1.984), Let the good times rock e Sign of the times caíram no gosto dos fãs. Essa formação ainda lançou Prisioners in paradise (1.991) antes de encerrarem as atividades.

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