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Strong
A breja Strong é uma cerveja complexa. Normalmente, elas são refermentadas na garrafa, muito efervescente e com uma espuma densa e cremosa. Essas qualidades combinam perfeitamente com o novo álbum dos gaúchos do Gueppardo, I am the law, com seus temas marcantes.
O disco conta com oito faixas que até não estão tão na cara dos anos 1.980 quanto os dois antecessores, mas ainda assim nos remete ao bom e velho hard/heavy dos bons tempos. Destaco a Beyond and far, When I'm gone e a faixa-título.
SP&BC conversou com o baixista Rafael Yadek, através de um aplicativo de mensagens, em que o músico nos passou algumas informações importantes sobre o trabalho e o momento do quarteto.
Antes de continuar, é preciso esclarecer de que não se trata de uma entrevista propriamente dita, tanto que aqui contém a opinião do blog sobre o lançamento. Porém, sim, trata-se da estreia de um novo quadro por aqui, o Faixa a Faixa. E os próprios responsáveis pela obra comentam sobre as composições.
A formação do Gueppardo sofreu algumas mudanças desde a última vez deles no blog (leia aqui). "Tivemos duas mudanças de lá pra cá", explica Yadek. Thiago Gutierres registrou os vocais do recente petardo enquanto que na "bateria tivemos uma rápida passagem de Julio Sasquatt que gravou o disco", saindo pouco tempo depois. Em seu lugar, atualmente, está Lucas Rodrigues. Na guitarra, claro, segue Pery Rodriguez.
O CD saiu através de uma parceria dos selos Dr Rock, Hurricane e Metal on metal, da Espanha. E, caso o fã queira procurar os três títulos editados da banda nas plataformas digitais sentirá falta do anterior, que saiu pela Classic Metal. Pelo menos por enquanto. São "questões de direitos autorais, mas isso já foi resolvido e logo subiremos o Execução Sumária (2.019), também", disse o baixista.
"Outro motivo foi que quisemos dar ênfase ao novo trabalho que consideramos nosso melhor disco até agora", explica o músico, algo que SP&BC concorda plenamente. Afinal, as músicas se apresentam mais maduras, consistentes e com riffs mais "na cara".
Yadek comemora "os feedbacks positivos sobre a produção do Sebastian Carsin, com quem a banda sempre gravou e produziu todo seu material", além da do público que, igualmente, aprovou o álbum.
"Temos agendadas algumas datas", responde o músico sobre os planos para o futuro próximo que reserva dois shows em Assunção, no Paraguai, "pela primeira vez", nos dias 1 e 2 de outubro. "Também filmaremos mais videoclipes para músicas do disco I Am the Law. Paralelamente a isso, seguimos trabalhando em novas composições para o álbum seguinte. E claro, somos uma banda que gosta de tocar muito ao vivo, então estamos aguardando com paciência que essa pandemia cesse para poder voltar a pegar estrada para nos apresentar por aí o máximo que der".
Faixa a Faixa - I am the law
Hora, então, de abrir nossa cerveja e conferir o Faixa a Faixa do novo trabalho da banda de Porto Alegre (RS) Gueppardo. Thiago Gutierres (v) foi quem comentou cada uma das músicas:
"Beyond and far é uma continuação de Fronteira Final (2.017) em estilística e motivo. Fala da união entre todos os rockers e as lembranças da luta diária. Juntos somos mais fortes!"
"I am the law fala sobre liderança, a força que o Metal impera. Fala também sobre o despertar de todo o poder que temos dentro de nós. Invencível, desbravador, libertador. Eu sou a lei, nós somos a lei".
"Price to pay fala da coragem e força que precisamos ter após cada queda. Às vezes, precisamos deixar que as coisas tomem seu rumo, mas não perder o controle. Cada vez nos esforçamos mais e mais, lutando cada dia. Tem ligação direta com Beyond..., mas aqui ao invés de a batalha coletiva é sobre a pessoal".
"When I’m gone trás à tona a incerteza que a paixão cria. A não reciprocidade, a rejeição, o orgulho e o medo do fogo se apagar de um dia para o outro. É o clássico momento em que notamos que amamos algo ou alguém só após ter perdido".
"Forgotten Dreams fala dos amigos perdidos mundo afora e dos sonhos não realizados. Da luta para manter a esperança viva em realizá-los e poder cruzar todas as estradas para o show continuar".
"Lights of freedom é uma carta de amor velada a beleza da noite na cidade e na estrada. Antes de um show, parar e observar as luzes das metrópoles pode ser inebriante e o brilho delas na paisagem nos liberta".
"Midnight city é o momento de apostar, de não fazer cerimônias, e lembrar que o Metal pode nos levar aos extremos, sejam eles bons ou ruins. Fala de libertar sua rebeldia, das insanidades da vida noturna, e das marcas que a estrada nos deixa".