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terça-feira, 12 de dezembro de 2017

Fenrir's Scar e a mitologia nórdica na cena nacional

English Bitter/Pale Ale



Sempre tento harmonizar banda e estilos de cerveja da mesma nacionalidade, mas como ainda não temos uma escola tipicamente brasileira, embora não demore a surgir uma devido ao que já existe no mercado, e meio que sem querer peguei uma English Bitter - ou se preferir, EPA - que é escura e mais amarga. E bingo, casou perfeitamente. Dessa forma, só curtir então o rock pesado com dois vocalistas, um homem e uma mulher.

Posto isso, sei que você deve estar pensando em algo na linha Nightwish, certo? Errado. Lacuna Coil e Within Temptation? Pode ser. Segundo o release são algumas das referências, sim, porém é fato que o Fenrir's Scar, com este autointitulado debut (Independente, Nac.), lançado em outubro, é uma grata revelação do interior paulista em 2.017. A banda conseguiu imprimir seu próprio estilo nas 10 faixas que somam aproximadamente 50 minutos no CD.

Aliás, além do formato físico, outro belo trampo em se tratando de capa e encarte, assinada por Wesley Souza, diga-se de passagem, Fenrir's Scar, o álbum, pode ser facilmente encontrado nas plataformas digitais, streaming, inclusive o clipe de From porcelain to ivory, não por acaso a mais comercial do play.

Tente não se empolgar com a já citada From..., Beneath the skin, com aquele dueto vocal - vez ou outra rola uma voz gutural, mas não é a regra aqui -, Caliban, mais hard, Downfall, e Dark eyes.

Depois de tentar descrever o disco, que acabou furando fila no SP&BC, vale registrar que Fenrir vem da mitologia nódica e se trata de um lobo-monstro que foi acorrentado pelos deuses, se libertou e devorou Odin. É um nome difícil, demora para "pegar", no entanto o que importa é o som, e esse "pega" de primeira.

A banda


A formação do Fenrir's Scar é bem estilo Titãs no início de carreira: os vocalistas Desireé Rezende, autora das letras exceto Fenrir's last howl, a cargo de Emerson Penerari, e André Baida, autor das músicas, sendo que a última citada é uma parceria com Rafael Borges; os guitarristas Paulo Victor e Vinícius Prado, este já deixou o grupo; o baixista Gabriel Rezende; a tecladista Graziely Maria, que por sinal dá um show a parte; e o baterista Ildécio Santos.

A produção ficou a cargo de Fabiano Negri (solo) enquanto que a mixagem e masterização por conta de Ricardo Palma (estúdio Minster, em Campinas-SP). Ambos participaram de algumas músicas. Pode até não ser uma revolução, mas tem meu voto para revelação do ano!

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